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Enviada em: 06/07/2018

De acordo com o livro "Desafortunados", apresenta-se a situação crítica e a rotina do morador de rua, em que o mesmo luta diariamente pela sobrevivência física e social. Paralelo a essa obra está a situação brasileira, pelo qual existe um grande contingente de população habitando nas ruas e por isso, são excluídas socialmente. Assim, eles passam a receber diversos esteriótipos errôneos e mediante essa proposta, sofrem rotineiramente com a discriminação,miséria e com oportunidade sendo fechadas.   Primordialmente,segundo o empirista John Locke, em sua tese ele trata da tábula rasa e associa o nascer a uma folha em branco, em que o indivídua passa a descrever sua história basando-se nas experiências vividas.Análogo ao pensamento do filósofo está o cotidiano dos moradores de ruas,advindos em grande massa das camadas mais desfavorecidas, passam a conviver com a extrema pobreza e as retiradas de oportunidades dentro do contexto social.Outrossim, é de grande notoriedade que a lógica capitalista sempre permeou a sociedade e diante desse contexto,analisa-se a presente desigual distribuição de terras e apropriação de espaços com o intuito da obtenção do lucro. Com isso, a exclusão de comunidades torna-se aliada a esse contexto, em decorrência da vulnerabilidade socioeconômica e a necessidade de habitar lugares precários por não possuir outras alternativas.   Por conseguinte, a estipulação de estereótipos e os julgamentos errôneos para a população residentes das ruas, são vistos segundo o sociólogo Pierre Bourdieu, como uma forma de violência simbólica. Dessa forma,esses indivíduos convivem diariamente com o preconceito dos indivíduos e por causa disso, não adquirem chances de mudança da sua realidade, haja vista o achismo da sociedade em,comumente vezes, relacionar a violência urbana com os que residem nas ruas.Ademais, além desses fatores agregados, ainda permeia os riscos de agressões para estes, em decorrência dos lugares inapropriados.Sendo assim,apesar da ONU representar o direito à moradia algo fundamental,a realidade se distancia dessa proposta, e contribui no aumento de muros sociais.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Urgem-se, primeiramente, ações do Estado, no Poder Executivo, para os investimentos em moradias dignas para alcançar essa comunidade excluída.Além disso, é de extrema importância abrir cursos profissionalizantes para esses moradores, na tentativa de ampliar o nível educacional e assim, abrir chances de inserção no mercado de trabalho.Torna-se imprescindível a atuação do Ministério da Educação em palestras e discursos nas instituições escolares, a despeito de barrar a progressão desses preconceitos enraizados e incentivar ações humanitárias para os alunos.E por fim, existir a atuação da sociedade civil em projetos nas redes sociais para acabar com os pensamentos e atitudes de exclusão envolvendo essa comunidade.