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Enviada em: 21/08/2018

''O mundo é um lugar horrível''. Parafraseando o filósofo Sartre, a situação no Brasil do século XXI é caótica, pois no país há muitas pessoas sem teto. Nesse sentido, entre os desafios a serem enfrentados sobre esse caos estão não só que essa população é deixada à margem da sociedade, mas também ela encontra obstáculos para a sua inclusão. Portanto, a coletividade e o poder público devem unir-se para atender essa demanda social.   Em primeira análise, é simplismo da sociedade tratar os moradores de rua como seres invisíveis, uma vez que eles têm o seu valor na condição de ser humano. Diante disso, o jornal ''Aurora da Rua'', criado em 2007, pode mostrar a realidade da população que mora nas ruas, relatando as contribuições culturais e socioeconômicas dos sem-teto para a sociedade. Contudo, ideologias preconceituosas contribuem para estereotipar esses povos como se eles estivessem ''no mesmo bolo'', já que não conhecem a trajetória de vida desses moradores. É preciso, dessa forma, mudar a mentalidade das pessoas sobre estereótipos da população de rua no nosso país obedecendo aos Direito Humanos.   Outrossim, o descaso dos governos não colabora com a inserção desses indivíduos no meio socioeconômico, sobretudo em empregos formais, porque, publicamente, eles não são considerados cidadãos. Uma prova da falta de cuidado do Estado, reportada pela mídia, é que durante a Copa do Mundo em 2014, no Brasil, muitos mendigos foram retirados das ruas de Salvador enquanto o país recebia estrangeiros, porém, após o fim da Copa, eles retornaram às calçadas da capital. Desse modo, com políticos negligentes e sem a cobrança da população brasileira para garantir a vida digna aos sem-teto, fica difícil ver mendigos reconstruindo suas vidas, se o problema da falta de apoio estatal continua na espiral do silêncio.   Torna-se evidente, então, a situação da população re dua como um desafio a ser superado no Brasil. Por isso, cabe à escola em parceria com a família revolucionar as ideias preconceituosas em relação aos mendigos, por meio de exemplos de superação de ex-moradores de rua em debates conscientizadores, objetivando estimular os brasileiros a transformarem essa realidade, gerando inclusão social, assim, como disse Paulo Freyre, sem a educação a sociedade não é capaz de mudar. Ademais, cabe ao Ministério do Trabalho implementar cursos profissionalizantes aos moradores de rua, por meio de discussões no plenário com o apoio do Ministério da Educação, a fim de melhorar a questão da exclusão do mercado de trabalho por meio da capacitação, promovendo atividades remuneradas. Poderemos, dessa forma, mudar a situação caótica dos moradores de rua por meio de uma cooperação entre sociedade e setores públicos.