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Enviada em: 16/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a situação dos moradores de rua, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse contexto, a problemática persiste e intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela supressão de seus direitos, seja pela negligência do Estado.   É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filosofo grego, Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a supressão dos direitos dos moradores de rua rompe essa harmonia, haja vista que muitos não podem votar por falta de documentação e moradia, hospitais que recusam atendimentos, são proibidos de frequentar estabelecimentos e a truculência da polícia com essas pessoas.    Outrossim, destaca-se a negligência Estatal como propulsor do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que os moradores de rua não fazem parte dos planos de governo porque eles não elegem ninguém. Portanto, são extremamente abandonados no discurso político e eleitoral. Por conseguinte, nota-se, na contemporaneidade, as imperfeições no dirigismo governamental, que desacerta em negligenciar o percalço.    Dessarte, é necessário solucionar a situação precária daqueles que vivem nas ruas brasileiras. Para tal, o Governo juntamente com as prefeituras, devem instituir abrigos e casas de apoio, além da amplificação de recursos para tais, a fim de diminuir e melhorar a condição dos enredados. Ademais, cabe ao Ministério da Educação (MEC), instituir nas escolas, palestras ministradas por especialistas, que incentivem o apoio e fraternidade à essas pessoas, a fim de seguirmos o ideal iluminista citado.