Materiais:
Enviada em: 16/08/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, assegura a todos os indivíduos o direito à moradia e bem-estar social. Todavia, no Brasil há grande parcela populacional que não usufrui desses direitos, exposta a situações de risco. Nesse sentido, evidencia-se a ineficácia estatal e o descaso populacional como influenciadores da problemática.  A princípio, a inoperância pública corrobora para a concentração de moradores de rua. Sob essa lógica, para Aristóteles a justiça tem o dever de garantir a igualdade e o bem comum, entretanto, sabe-se que no Brasil esse princípio não é posto em prática, visto que pessoas em situação de rua são desamparadas pelo Estado devido à falta de políticas que os insiram no mercado de trabalho e a carência de auxílios amplos. Por conseguinte, desprovidos de renda e apoio esses indivíduos sobrevivem em situação precária.   Ademais, a sociedade também impulsiona a problemática. Isso porque a questão dos moradores de rua tornou-se cotidiana para os brasileiros, que ignoram esses indivíduos, necessitados de apoio. Além disso, os sem teto são discriminados e excluídos quando tentam inserir-se no meio social, na qual conforme um entrevistado do Rede Brasil, a falta de empatia contribui para que o sujeito volte para as ruas ,logo, colaborando para que ele fique exposto a violências e patologias no meio em que vive.  É imprescindível, portanto, que sejam criadas medidas cabíveis que promovam a inclusão dos sem tetos na sociedade. Sob essa ótica, o Estado em parceria com o Senac deve garantir a inserção de pessoas carentes no meio laboral, por meio de capacitação técnica e  oferta de empregos públicos, para que o indivíduo garanta sua estabilidade e autonomia. Outrossim, é mister que a mídia dissemine a extinção de preconceitos e o incentivo à empatia para os moradores de rua, por intermédio de publicidades e novelas de enfoque ao apoio social. Para que assim, os direitos delimitados pela Declaração sejam gozados por todos.