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Enviada em: 26/08/2018

Uma das consequências da exclusão social é a condição animalesca que determinados grupos de pessoas vivem nas grandes capitais do Brasil. Acostumados aos olhares frios, despercebidos e indiferentes, eles já se acostumaram com a ideia de serem invisíveis aos olhos da sociedade. Assim é a condição diária que os moradores de ruas vivem no auge do processo capitalista, vitimas do medo, repulsa e omissão dos poderes públicos.     Primeiramente é importante destacar que, grupos de moradores de ruas se caracterizam por diferentes situações que os levam a tal condição. Seja por problemas familiares, falta de oportunidade ou pela violência, compartilham o mesmo cenário caótico que protagonizam nos grandes centros urbanos. Embora os distintos problemas corroborem para o cenário, é nas drogas que a grande maioria opta por sair de suas casas, pois os conflitos com familiares e o sofrimento alheio daqueles que assistem a degradação humana causada pelas drogas e bebidas, o fazem desistir da convivência e procurar nas “cracolandias” sua residência fixa.      Indubitavelmente, a questão dos moradores de ruas é um fato social, presente nas mais diversas sociedades. Para Durkheim, sociólogo do século 20, é através da coercitividade gerada pelos padrões culturais que os forçam a cumpri-los. Para ele, o homem é um produto da sociedade. Por conseguinte, se falta empregos, moradias descentes, falta de controle ao combate as drogas e a ausência da educação, sem duvidas, motivos não faltam para que várias pessoas sintam-se obrigadas a morarem nas ruas. Embora uma parcela da sociedade fechem os olhos a cerca do problema, existem outras que através de projetos sociais, sensibilizam-se em ajudar tais indivíduos, contudo, manter o projeto não e tarefa fácil, principalmente quando o estado em nada contribui. Nessa perspectiva é preciso entender que essa questão é um dever de todos, no momento que contribuímos direta ou indiretamente para o processo citado. Assim, é imprescindível que medidas sejam tomadas para reintegrar os moradores de rua a sociedade de forma justa e igualitária.      Desse modo, cabe o Poder Público desenvolver projetos ligados aos diferentes casos que levam as pessoas a morarem nas ruas. Nesse sentido, seria importante que o Estado criasse instituições especializadas em conflitos familiares, agencia de empregos, direcionadas para esse público, assim como, investir em clínica especializada na recuperação de drogados e alcoólatras. Além disso, é importante que todos os cidadãos façam a sua parte ajudando na reinteração dos moradores de ruas através de projetos sociais.