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Enviada em: 22/08/2018

John Locke, filósofo iluminista, afirmava que todo cidadão tem o direito natural à vida, à liberdade e à propriedade. Além disso, Hobbes e os contratualistas defendiam a tese de que é dever do Estado garanti-los. Todavia, infelizmente, no Brasil ainda há muitos indivíduos vivendo nas ruas. Isso se dá, sobretudo, pela precariedade das políticas públicas de assistência e de inclusão, o que é motivado pela ausência de reivindicações da sociedade pelos direitos dessa minoria.       Nessa perspectiva, segundo dados da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, na cidade de São Paulo havia mais de 15 mil pessoas morando nas ruas em 2011. Outrossim, pesquisas da Revista Istoé revelam que dentre os principais motivos estão o desemprego e os problemas com álcool e drogas. Assim, embora haja políticas de amparo aos moradores de rua em algumas regiões, como moradia e alimentação, é possível afirmar essa medida é paliativa, pois não gera inclusão social.       Destarte, Foucault cria na ideia de que os homens tendem a segregar o que é diferente. Nesse prisma, admite-se que a indiferença da sociedade frente à exclusão dos moradores de rua é nítida, visto que ela não se mobiliza em busca do direito à habitação e à inclusão que eles possuem. Sendo, portanto, também responsabilidade da comunidade o fato de haver tanta gente sem acesso à moradia, emprego, reabilitação (para usuários de álcool ou droga).       Para que esse quadro seja, em longo prazo, reparado, portanto, é imprescindível a cooperação entre Estado e sociedade. Isto é, é fundamental que a população se mobilize e reivindique os direitos dos moradores de rua, por meio de passeatas e propostas assistenciais levadas ao congresso. Bem como, é preciso que o governo cumpra o papel de assistir também essa minoria, de modo a patrocinar clinicas para reabitá-los e empresas privadas para contratá-los. Afinal, todo cidadão já nasceu com direitos, e eles devem ser garantidos.