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Enviada em: 22/08/2018

O movimento de segregação de minorias se vê presente na história de muito grupos excluídos socialmente, como no caso dos negros no Apartheid ou da situação vivida pelos indígenas durante a colonização do Brasil. Hodiernamente, um dos efeitos mais visíveis dessa normalização do processo de exclusão é o cenário vivido pelos sem teto em território brasileiro. Esses indivíduos, ainda que reconhecidos como cidadãos perante a justiça, não recebem o suporte necessário para sua recuperação. Isso ocorre devido, principalmente, à negligência estatal, em consonância de fatores como a omissão por parte da mídia e das escolas, essenciais para a efetiva reinserção dessas pessoas em âmbito social.        Atualmente, existem leis que protegem pessoas sem moradia em solo brasileiro. Porém, ainda que necessários, os projetos se vêem ineficazes em meio social, pois não focam no que deve ser feito para evitar a situação de abandono, o que sinaliza o ambiente de negligência governamental na qual os sem teto se encontram. Tal fato se destaca em pesquisas como as da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, que, no ano de 2015, registrou um total de 15.905 pessoas em situação de abandono pelas ruas do estado. Esse problema evidencia o descaso com o qual esses cidadãos são tratados, e urge por uma resolução eficiente.      Outrossim, a omissão por parte da mídia e das escolas também é um empecilho perante a resolução do impasse. A participação desses órgãos em projetos sociais pode impactar positivamente o resultado de medidas tomadas contra a situação precária dos indivíduos sem teto. Porém, o auxílio oferecido pelos corpos midiáticos e o meio educacional nas propostas de reinserção social dessas pessoas, ainda é escasso frente ao poder de influência que ambos os agentes exercem, que pode ser de grande assistência ao poder governamental. Ainda, conforme Isaac Newton "Construímos muros demais e pontes de menos", portanto, é necessário que haja a criação de mais oportunidades e menos empecilhos para que se possa garantir a integridade de moradores de rua pelo país.      Destarte, é necessário que o Governo, junto de ONGs de proteção aos sem moradia crie estratégias para evitar a situação de rua por meio da criação de programas que permitam o apadrinhamento de pessoas vindas de lugares escassos por voluntários, para que se possa criar um ambiente no qual o cidadão tenha mais chances de se recuperar. Ainda, urge que o Ministério da Educação, junto com órgãos de Mídia digital, destaque a importância desses indivíduos em meio social por meio de palestras transmitidas por redes sociais, garantindo um maior alcance do conteúdo, com o objetivo de incentivar o respeito à esses indivíduos. Só assim se poderá assegurar a cidadania das gerações que virão.