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Enviada em: 26/08/2018

Homem invisível de Ralph Elison é um clássico da literatura norte americana que demonstra a situação de um homem negro em uma sociedade racista dos Estados Unidos. Nesse contexto, no Brasil contemporâneo, é evidente a invisibilidade do morador de rua tanto pelo poder público quanto pela comunidade.         Em primeira análise, convém salientar que o artigo 6° da Constituição de 1988 não está sendo colocado em prática para uma parcela da população. Pois esse artigo diz respeito aos direitos sociais, dentre eles o direito a moradia, o qual não condiz com a atual situação brasileira, já que, segundo o censo da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, as ruas de São Paulo abrigam 15.905 pessoas. Isso gera muitas mazelas, até mesmo na economia do país, porque os sem teto não contribuem para o Produto Interno Bruto (PIB).        Outrossim, o brasileiro auxilia no aumento da quantidade de moradores   sem um lar. Consoante ao físico Isaac Newton e a sua primeira lei, todos os corpos tendem a permanecer em seu estado natural, a menos que uma força externa seja exercida sobre ele. Por analogia, a inércia dos indivíduos com questões coletivas contribui para a massificação desse imbróglio que deveria ser preocupação de todos.            Em suma, urge que o Governo Federal em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social criem programas de reinserção do cidadão, por meio de ações que garantam a moradia - a exemplo do minha casa, minha vida - objetivando o cumprimento do artigo 6° da Constituição de 1988. Ademais,  é necessário que o Ministério da Educação promova o ensino de reconhecimento com o próximo e de valorização com questões sociais, mediante a aulas lúdicas no contra turno escolar que exemplifiquem como é importante tentar ajudar, nesse caso, os moradores de rua, com o intuito de que a inércia de Newton seja quebrada.