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Enviada em: 26/08/2018

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. No entanto, percebe-se que, no Brasil, os moradores de rua compõem um grupo altamente desfavorecido no que tange à questão social. Evidencia-se portanto, uma democracia paradoxal à assertiva do filósofo, ao ignorar a função pública dos mesmos, prejudicando assim a manutenção da sociedade brasileira. Nesse sentido, torna-se necessário analisar a problemática em questão, não só como também, desenvolver estratégias a fim de solucioná-la.                                                                                               Em primeira análise, é importante enfatizar que tal adversidade não é contemporânea, pois, tal abordagem é relatada  ao longo da história do Brasil. No romance "Capitães da Areia" de Jorge Amado publicado no século XX, tal mazela é ilustrada, pois, a obra retrata um grupo de menores abandonados, que crescem nas ruas da cidade de Salvador sendo marginalizados "roubando" para sobreviver. Sob tal óptica, é notório um cenário similar, pois, o aumento de mendicantes é significativo segundo o site de notícias "G1" que ao fazer uma pesquisa na cidade do Rio Janeiro em 2017, relatou que tal elevação está emparelhada à falta de oportunidades de emprego. Portanto, percebe-se que esses indivíduos refugiam-se nas ruas para sobreviver.                                                                                                            É preciso, porém, reconhecer que mesmo com as inovações boas proporcionadas pela Revolução Industrial na Inglaterra, a invenção de máquinas promoveu substituição da mão-de-obra. Dessa maneira, percebe-se que diversas empresas no Brasil demitem seus funcionários pelo fato de um dispositivo operar alguma tarefa de maneira mais eficaz e com menor custo de produção. Isso por ser explicado segundo Karl Marx, sociólogo que criticava a classe dominante do capital que se sobrepõe ao proletariado, o que solidifica a ideia de que os donos de tais corporações não se importam com o efeito causado com as demissões, entretanto, apenas querem promover a obtenção de lucro, gerando um abalo no corpo social brasileiro.                                                                                                                      Em vista dos fatos supracitados, urge a necessidade de solucionar a questão social dos moradores de rua no Brasil. Destarte, é fulcral que o Ministério do Trabalho, em parceria com a Caixa Econômica promova nas grandes metrópoles, cursos gratuitos sobre empreendedorismo à população das ruas, concebendo após a conclusão empréstimos com taxa de juros baixa, com o intuito de que esses cidadãos consigam ganhar sua própria verba, para se desalojarem das ruas. Cabe ao Ministério da Educação, incluir a parte desses indivíduos que não tem educação escolar completa, por meio de aulas aos fins de semana em escolas locais. Logo, a democracia fluirá para a prosperidade do país.