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Enviada em: 21/08/2018

Em 2018, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), instituída em 1948, completa 70 anos de efetivação. Inclusive, o Artigo 1º enuncia: todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Nesse contexto, a sociedade hodierna se depara com o recrudescente número de pessoas em situação de rua, principalmente, em grandes centros urbanos. Esses, possuem suas necessidades básicas negadas, e, por consequência, passam por diversas mazelas diante da exclusão social. Diante disso, torna-se imprescindível a discussão acerca dos desafios enfrentados pelos moradores de rua, os quais recaem nos âmbitos educacional e social.       De início, é válido frisar que o processo educacional interfere muito nesse processo. O mundo tecnológico atual nos impõe a necessidade de possuir cada vez mais qualificações para o mercado de trabalho. Entretanto, nem todos possuem acesso à educação, o que dificulta a inserção das pessoas com menos estudo nesse meio e, consequentemente, as levam a situação de rua em que várias se encontram hoje. Ademais, Emanuel Kant enuncia: “o ser humano é aquilo que a educação dele”. Ou seja, a oferta de programas educacionais, com certeza, pode amenizar essa defasagem social.       Por outro lado, convém analisar a atuação do cidadão no contexto. Estes, em sua maioria, possuem dificuldade de humanizar o morador de rua, tratando-os com preconceito e os excluem do meio social. Como se isso não bastasse, embora alguns indivíduos pouco esclarecidos defendam que essas pessoas não passam de vagabundos, é mais relevante – sobretudo neste momento – atentar para o fato de não ser uma escolha, mas sim, consequência da negligência governamental e, também, civil para com este problema. Isso pode ser comprovado pela pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na qual afirma que 101 mil pessoas estão em situação de rua no Brasil, sendo a região Sudeste detentora da maior parte delas. Portanto, certamente, são necessárias políticas para transcender esse problema, visto que os índices aumentam a cada ano.       Portanto, são necessárias medidas para amenizar esses desafios. Assim, é possível que as prefeituras municipais proporcionem um programa de educação especialmente para moradores de rua, de maneira que seja ofertada a base dos ensinos fundamental e médio e, posteriormente, seja concedido um curso técnico para que essas pessoas possam se inserir no mercado de trabalho e, assim, possuir economias. Além disso, a sociedade civil, por iniciativa privada, pode praticar atos solidários, a exemplo do projeto “Banho Solidário” que atua no Rio Grande do Sul e, também, na Bahia. Assim, será possível proporcionar novas possibilidades para essas pessoas e promover maior bem-estar social.