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Enviada em: 22/08/2018

Em 2015 o IPEA, Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada, estimou que 100 mil pessoas se encontravam em situação de rua, neste período e após a queda da economia em 2008 se obteve um crescimento dessa população. Tendo em vista, o que permeia este cenário, é inegável a presença de problemas socioeconômicos, seja pela atual crise ou por causa do crescimento demográfico, é certo que existe uma desumanização dessas pessoas, gerando também a segregação dos espaços públicos.   A princípio, devido a continuidade dos problemas econômicos do país, grandes parcelas da população pertencentes à classe baixa sofreram com o desemprego e com o acúmulo de dívidas, assim, o principal agravante da situação foi também a inexistência de planejamento familiar, fazendo o desequilíbrio da economia motivo pelo qual essas pessoas se tornaram moradoras de rua. Em virtude da baixa atividade econômica e do preconceito de classe social, alcançar um emprego estável é para esses indivíduos um desafio, isso porque, o preconceito se instala, também, nos empregadores.   Outrossim, é evidente o despreparo das redes municipais do país em tratar o problema que é a crescente população em situação de rua, acima de tudo, se destaca a falta de pesquisas sociais nessa área. Como resultado, o Brasil não possui de fato um órgão específico que possa tratar dos direitos e necessidades dessas pessoas, isto é, nem mesmo existe um sistema de controle numérico dessa sociedade. Em suma, essa falta de registo impede a formulação de medidas que auxiliem a retirada dessa população da zona de vulnerabilidade e acaba por reafirmar a sua invisibilidade na sociedade.  Ademais, a somatória desses fatores evidenciam as atividades preconceituosas entre classes econômicas, um dos aspectos de maior contraste é a invisibilidade social, nessa ótica,  o experimento do Psicólogo Fernando Braga da Costa, evidencia como as pessoas tendem a ignorar e a se tornarem hostis na presença daqueles que consideram inferiores a si, de maneira que, a situação se agrava quando há segregação dos espaços, transferindo ódio aos moradores que residem próximos aos locais de moradia das classes média e alta, tornando a vivência na rua ainda mais desumana.   Sobretudo, após a avaliação da questão social do morador de rua, é inegável a necessidade de intervir neste sistema, sendo vital que, enfim, haja abertura para um debate social. Por intermédio da ação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e através da cooperação dos Municípios Regionais, deve-se manter um registro em âmbito nacional dos cidadãos em situação vulnerável de rua, para que, o Ministério do Desenvolvimento Social possa dentro de suas iniciativas sociais buscar meios para auxiliar a reintegração dessas pessoas á comunidade, através de projetos como os de assistência social e de segurança alimentar, afim de reintegrar e promover a visibilidade social.