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Enviada em: 22/08/2018

Em Junho de 1940 o escrito judeu-austríaco Stefan Zweig veio em fuga da perseguição nazista para o Brasil, bem recepcionado e estupefacto com a beleza e o acolhimento do território Brasileiro, após um ano escreveu a obra: "Brasil, país do futuro". Na contemporaneidade, observando por um prisma social, especificamente sobre moradores de rua, nota-se que o título da obra é falho, visto que após mais de meio século, a exclusão de tais, se dá por conta de diversos fatores, em destaque, a desigualdade de oportunidades.        Em primeira análise, evidencia-se que, a classe oprimida por grupos dominantes, se vê em um meio social totalmente sem viés e extremamente falho de oportunidades para conseguir se encaixar em alguma classe social, isso se deve graças a segregação socioespacial e ao preconceito com minorias, entre eles grupos de LGBTs, pobres e negros, como consequência, assim como a 3ª Lei de Newton do físico Isaac Newton, toda ação tem sua reação, logo em um parâmetro social, por extrema pobreza e escassez de recursos básicos, os oprimidos não observam outro meio, se não serem moradores de rua.        Em segunda análise, observa-se que, temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que assegura que todos os indivíduos tem direito a educação e bem estar social, entretanto, analisando como a sociedade trata eles com invisibilidade e preconceito no cotidiano, impede que essa parcela da população usufrua desse direito, por motivos de opressão, logo a grande causadora da exclusão social que bloqueia a entrada dos moradores de rua em uma classe, é a própria sociedade.       Portanto, é indubitável que o Ministério da Educação em parceria com a Secretaria Nacional de assistência social, crie projetos socioeducacionais para inclusão de moradores de rua na sociedade, através de palestras, criação de abrigos e oportunidades de empregos, contratando psicólogos para o acompanhamento de mendigos na sociedade, urge também ao Estado a quebra do preconceito da sociedade contra mendigos, através de propagandas televisivas incluindo histórias de moradores de rua para a sensibilização da sociedade e palestras em escolas e universidades. Dessa forma, Stefan Zweig poderá fazer jus a sua obra "Brasil, país do futuro".