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Enviada em: 24/08/2018

Na obra "A República" (380 a.C.), o filósofo Platão idealiza uma organização política pautada em uma harmonia social completa, livre de conflitos e adversidades. Desde então, essa filosofia impulsionou o desejo das nações de alcançarem esse feito. Entretanto, atualmente, a questão dos moradores de rua tem afastado o Brasil na conquista desse objetivo. A partir disso, é válido analisar os aspectos políticos e sociais quem envolvem esse tema.       De início, ressalta-se que o governo mostra-se inerte ao não garantir o direito à moradia. Isso porque faltam fiscalizações que adequem os programas assistencialistas, fator que prejudica a efetividade dessa plataforma, podendo deixar as pessoas mais necessitadas morando nas ruas. Constata-se, desse modo, que o contrato social foi rompido, já que segundo o filósofo Thomas Hobbes, é dever do Estado manter o bem-estar de toda a comunidade.       Ainda, pontua-se que falta engajamento coletivo para se lutar contra as condições que levam um indivíduo à morar na rua. A explicação disso é que o corpo social não tem se mobilizado, de forma efetiva, para exigir ações mais eficientes do governo no combate à precarização de vida dos mais pobres. Considerando as reflexões do sociólogo Zygmunt Bauman para entender esse fenômeno, percebe-se que o pessimismo da modernidade exerce coerção sobre as pessoas, fazendo com que elas permaneçam inertes diante de quadros negativos.       Evidencia-se, portanto, que o direito à moradia deve ser garantido. Por isso, é preciso que o Executivo, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Social, invista em fiscalizações, contratando profissionais para averiguar a veracidade da necessidade de um beneficiário da plataforma assistencialista, na intenção de melhorar a logística desse sistema, para que os mais humildes sejam contemplados. Além disso, é importante a atuação das organizações não governamentais, juntamente com o Ministério da Educação, na criação de programas que ajudem a criar um senso crítico na população sobre o direito à moradia, a fim de que o corpo social possa exigir do Estado uma atuação mais eficaz no combate a essa problemática.Com isso, seria possível se aproximar dos ideais utópicos propostos por Platão.