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Enviada em: 30/04/2017

Alcoolismo, drogas, desemprego, perda de moradia. Os fatores que colaboram para o crescimento da população em situação de rua são uns dos reflexos da exclusão social. Dessa forma, atinge e prejudica indivíduos que não se enquadram no modelo social ou econômico atual. Nesse contexto, cabe ressaltar a ineficácia das políticas públicas em relação a questão dos moradores de rua no Brasil.    Em primeira análise, deve-se apontar que a exclusão social é a principal responsável pela manutenção do desequilíbrio psicológico, social e financeiro. Isso porque o capitalismo disseminou na sociedade a necessidade de obter lucros, no instante em que o indivíduo esteja devidamente capacitado e especializado. Entretanto, a educação no país não garante oportunidades a todos, dificultando o acesso do mais pobre a meios que possa levá-lo a alcançar o que o sistema econômico dita importante. Desse modo, ao ver-se sem esperanças de conquistar uma vida melhor, a pessoa entrega-se ao álcool e as drogas, acarretando na depressão, a qual o leva a abandonar o emprego, que por conseguinte, o faz perder a moradia. Logo, como última opção, passa a morar nas ruas, contribuindo para o seu declínio pessoal, social e econômico.     O governo, por sua vez, opta por negligenciar essa questão social ao praticar políticas públicas paliativas, a qual visa apenas suprir as necessidades básicas de sobrevivência e não descobrir a causa do problema. O Prefeito de São Paulo, João Dória, por exemplo, é mais um dos políticos midiáticos que usam de soluções a curto prazo para amenizar o sofrimento dos moradores de rua. Em seu primeiro ano de mandato, distribuiu produtos de higiene pessoal, a fim de mostrar aos eleitores que se preocupa com a situação da população que vive nas ruas. No entanto, em nenhum instante buscou salientar para a importância de preservar ações como essa ou buscar incluí-los de volta ao convívio social. Assim, pode-se observar o descaso dos governantes para com o povo brasileiro que vive em estado de calamidade.        Fica claro que a exclusão social e a inércia das políticas públicas são grandes fatos que favorecem o aumento da população em situação de rua no Brasil. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É indispensável que a sociedade em parceira com Organizações Não Governamentais (ONG), como a Mãos Unidas, crie projetos que busquem ressocializá-los, oferecendo cursos técnicos, empregos e escolas para crianças, adolescentes e adultos que busquem concluir o ensino básico. Todavia, é fundamental que o Governo Federal invista em políticas públicas que tenham por objetivo resolver o problema desde sua raiz, analisando essa questão historicamente. Ademais, deve, ainda, investir em habitações, além de tratamento psicológico, para, enfim, incluí-los socialmente.