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Enviada em: 16/05/2017

Cidadania: um ato?     No século XIX, moradores de rua eram vistos como pessoas de pior espécie - como ladrões, mercenários e até assassinos - sendo merecedores de tal situação. No século XXI a concepção segue a mesma, pessoas sem lares são vistas como vagabundos ou, simplesmente a escória social, levando a comprovação de que a sociedade atual segue ignorante e preconceituosa.     O desmazelamento da população perante situações de indivíduos que residem nas ruas faz do Brasil um dos países com as mais elevadas taxas de pessoas que vivem sem abrigo, tornando indiscutivelmente, um país desrespeitoso e desigual. A dificuldade em enxergar moradores de rua como cidadãos equivalentes à eles, com problemas pessoais e psicológicos, corrobora para uma menor chance de mudar sua situação, prevalecendo a ignorância e o preconceito.     O Brasil é o maior reciclador de alumínio do mundo em virtude de mais da metade dos recicladores morarem nas ruas. O problema dos moradores pode ser relacionado com a falta de estrutura familiar e pratica social de reconhecimento em ser uma classe honesta. Contestando suas raízes históricas de ladrões e pedintes, são hoje, trabalhadores sem qualquer direito que movimentam silenciosamente a economia brasileira.    Projetos que buscam profissionalizar esses cidadãos nas técnicas de coleta e seleção através de ONGs e apoio financeiro do Estado colaboram na inclusão e no crescimento deles. Programas midiáticos que mostram a dura realidade em que são expostos sensibilizam as pessoas em querer ajudá-los, contribuindo na questão psicológica em tratá-los normalmente. Pequenos grupos de bairro que fiscalizem o andamento desses projetos corroboram na total inclusão.