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Enviada em: 26/06/2017

"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso". Assim, inicia-se a obra A Metamorfose (1975), de Franz Kafka, retratando um bicho simbólico, a imagem interior de si mesmo. Uma metáfora da humilhação de um homem submisso que aceitou se transformar em alguém que não queria ser. Da mesma forma, na sociedade, é possível encontrar estes "tipos" metafóricos espalhados pelas ruas em situação de miséria absoluta. Pessoas excluídas socioeconomicamente, ignoradas e vistas como parasitas pela comunidade, marcadas por injustiças e desigualdades sociais, que terminam por encontrar meios de sobrevivência: comida e segurança, somente nas ruas.       Para o filósofo iluminista, Rousseau, o homem nasce um bom selvagem, no entanto a sociedade marcada pela propriedade privada é a responsável por corrompê-lo e torná-lo mal. Em consequência disso, o governo através do contrato social, é o responsável por garantir a liberdade e igualdade entre os cidadãos, sua função é construir o bem comum. No entanto, no contexto atual, a realidade é bem diferente. Marcada pelo capitalismo e acumulo de bens, os privilégios da elite são exacerbados. Em contrapartida, os direitos das classes desprovidas de bens, são ignorados e aumenta-se a cada ano os números da pobreza nacional.      Exposto isto, o ministério do desenvolvimento social e combate a fome, deve desenvolver políticas nacionais de desenvolvimento social, de segurança nutricional, de assistência social e de renda básica de cidadania no país. O ministério das cidades deve combater as desigualdades sociais, transformando as cidades em espaços mais humanizados, ampliando o acesso da população à moradia, ao saneamento e ao transporte. Condições básicas de sobrevivência, que possibilitem a conquista de uma vaga no mercado de trabalho e a melhoria nas condições de vida. Assim, o país distribuiria melhor a renda entre seus cidadãos, sendo democraticamente mais "Iluminado": livre, igual e fraterno.