Materiais:
Enviada em: 07/08/2017

Invisíveis, porém humanos       No fim da Revolução Industrial, encerrando a transição entre feudalismo e capitalismo, muitos camponeses perderam suas propriedades e buscaram vender sua força de trabalho nas industrias. Porém nem todos tiveram o mesmo desfecho, sendo descartado pela produção capitalista e por consequência vivendo nas ruas. Diante dessa ótica nota-se que a existência da população de rua é um obstáculo vivenciado á muito tempo pela sociedade, visto que existe programas de ajuda mas não são eficazes, dando ênfase ainda maior na exclusão social.       Sabe-se que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. Tal fato decorre por diversos fatores como a ausência de vínculos familiares, doenças mentais, uso de drogas e principalmente pelo desemprego atual que se instalou na contemporaneidade. Diante disso várias Organizações Sociais tomam atitude de ir para as ruas com alimentação para quem vive nessas circunstâncias e algumas vezes acolhendo quem aceita mudar de vida, com a intenção de garantir padrões éticos de dignidade e mínimos direitos de cidadania.       Vale ressaltar que existem locais de reintegração para pessoas em situação de rua, onde é disponibilizado serviços de orientação, apoio, alimentação, assistência social, entre outros. Todavia para usufruir do mesmo, o indivíduo tem que querer por vontade própria e não por insistência das famílias ou sociedade. Além disso muitos dos moradores de rua não cumprem o rígido horário de entrada e saída de albergues que são disponibilizados, dessa forma ficam à mercê do frio, da fome e da violência. Através desses fatos, demonstra-se o quanto ainda têm que evoluir o modelo de cidadania em prol de toda a sociedade, sem distinguir classes, cor e etnias.       Urge, portanto, a necessidade de melhor investimento do Governo Estadual em albergues, aumentando o número desses locais e fazendo a manutenção preventiva dos mesmos. Somando-se a isso, é fundamental a inclusão das pessoas em situação de rua no mercado de trabalho, capacitando-as em instituições com diversos cursos gratuitos disponibilizados pelas Prefeituras, fazendo com que este consiga ter um trabalho digno e possa viver sem a necessidade de ficar pedindo nas ruas. É, também, crucial que o Governo Federal incremente uma lei em que as empresas devem ter entre 5% a 10% de seus funcionários, pessoas que passaram pela capacitação profissional disponibilizada para moradores de rua.