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Enviada em: 23/08/2017

É comum, apesar de não ser normal depararmo-nos com pessoas em condição de rua no País. Essa realidade, lamentavelmente, se estabelece devido a uma inoperância do Estado que retarda estratégias estatais para as realocações deles. Coligado a isso, nota-se também que o poder midiático contribui com a invisibilidade dos moradores de rua quando os colocam em um papel de ridicularização nas mídias. Isso fomenta, cada vez mais, o descaso destes na sociedade.. Em plena contemporaneidade, Já passam dos 101.854 o número de pessoas em situação de rua no Brasil, destas 77,02 habitam nas grandes cidades, conforme dados do Data Folha. Infelizmente, essa realidade só ocorre, porque os moradores de rua são tolhidos de seus direitos e igualados a animais em vivência e dignidade. Esta questão social secundarizada é fomentada principalmente pela mídia, não com o propósito de combater á mazela, mas com a finalidade de ridicularizar essa minoria para obter IBOPE. Como foi o caso do Programa Pânico na TV, que teve a ideia de colocar mulheres com biquínis de carne para que os moradores de rua "devorassem " a carne, com base no Catraca livre. Essa atitude vinda de um aparelho ideológico propaga não só a objetivação da mulher, como tira a concepção de dignidade das pessoas que vivem em condições de rua. Além da falta de empatia do âmbito midiático, outro fator que corrobora com esse descaso é a falta de estratégias que prime por restituir essas pessoas para locais propícios. No entanto, o que se percebe é o oposto, já que no dia 21 de maio deste ano, houve uma operação na Cracolândia, local com maior aglomeração de moradores de rua no Brasil, no qual resultou na migração em massa desses, para outros locais de São Paulo. Essa intervenção não combateu essa questão social de fato por se tratar de uma política higienista, a constatação disso foi que novamente o prefeito João Doria autorizou o lançamento de jatos de água nos moradores de rua em meio a um inverno, cuja temperatura registrava 8°C, de acordo com o Jornal Folha de São Paulo. Este cenário vai de encontro aos Direitos Humanos, pois nele consta no artigo 6° que é dever do Estado assegurar o reconhecimento das pessoas por lei. Portanto, políticas estatais devem ser implementadas para amenizar essa mazela. Para isso, que o governo potencialize os programas sociais já existente como o "minha casa, minha vida". Proporcionar  não só moradia, mas acompanhamento profissionais como psicólogos, reabilitações para os que são dependente químicos. Cursos técnicos profissionalizantes como informática, cabeleireiro, proporcionados pelo Estado, para que assim, possam ser inseridos na sociedade com o minimo de dignidade. Maior fiscalização do Ministério Público, para que não haja propagação de conteúdos que menospreze essa classe.