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Enviada em: 06/08/2017

“O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso”. Esta citação feita por Darcy Ribeiro, antropólogo e escritor brasileiro, evidencia-se na invisibilidade social dos moradores de rua. Fruto de uma sociedade que aprofunda as desigualdades, os desabrigados fazem parte de um grupo social  que lutam para sobreviver. A falta de emprego e o forte preconceito, são os principais fatores da problemática.  Em primeiro plano, é preciso compreender que em um país capitalista, a busca por um emprego se torna uma competição, na qual somente o mais apto para tal é escolhido. A falta de especialização contribui para que muitos não consigam emprego, logo, a taxa de desemprego aumenta juntamente com o número de moradores de rua. Isso acontece pois sem o capital necessário para pagar as contas da residência e se suster, restam-lhe apenas as marquises e praças.  Soma-se a isso o fato de que, senão toda, a maior parte da população que vive nas ruas sofre com o preconceito até mesmo na hora de tentar um emprego. Por causa da marginalização desse grupo social, o restante da população não se mobiliza para ajuda-los, muita das vezes por medo da ampla visão negativa, criando assim, um imaginário social.  Todo e qualquer problema social deve ser combatido em benefício da coletividade. Dessa forma, cabe ao Estado criar projetos de inserção dos moradores de rua no mercado de trabalho oferecendo isenção de impostos a empresas que os contratarem. Ongs e instituições religiosas podem oferecer auxílios na alimentação e moradia. Ainda, a ampliação de casas de abrigo, para que eles não precisem dormir nas ruas. Só assim será possível lutar contra a natural condição humana de egoísmos que se aprofunda no mundo globalizado.