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Enviada em: 18/08/2017

Exclusão capitalista      No filme "À procura da felicidade", Chris Gardner e seu filho enfrentam dificuldades ao serem expulsos de seu apartamento, por falta de pagamento, os quais são obrigados a dormir em metrôs, albergues e banheiros públicos. Fora das telas, existem cerca de 16 mil pessoas que moram nas ruas da cidade de São Paulo, segundo a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social. Nesse contexto, cabe analisarmos os principais aspectos que envolvem esta problemática para a sociedade.      Em primeira análise, cabe pontuar que a lógica capitalista é uma das adversidades fundamentais para que ainda existam indivíduos com seus direitos humanos restritos, ou seja, cidadãos que não têm renda suficiente para conseguirem espaços adequados para a habitação são obrigados a migrarem para as ruas, o que gera a exclusão social dessa parcela da sociedade sendo sujeitos a passarem situação de muitos dias sem comer, falta de higiene pessoal e, psicologicamente, eles são abalados por não serem considerados "gente" por muitos brasileiros. Dessa forma, vê-se que a frase do Papa Francisco se encaixa no problema debatido: “Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, repressão e os assassinatos, mas também pela existência da extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades sociais".       Ademais, convém frisar que o grupo de mendigos, hodiernamente, nas ruas brasileiras, é bastante heterogêneo. Comprova-se isso por meio de uma divulgação da Revista IstoÉ, a qual mostra que 30% são desempregos e 58,7% têm o ensino fundamental completo ou incompleto. Dessa forma, é possível perceber que muitos cidadãos não são empregados, o que gera um prejuízo muito grande na economia brasileira. Além disso, por não terem capacidade suficiente - ensino médio completo- para realizar uma atividade remunerada, são obrigados a viver sem muitos gastos e desalojados, muitas vezes, nas calçadas brasileiras.       Em vista dos argumentos apresentados, medidas são necessárias para atenuar a problemática.É imprescindível que as ONGs, junto com a divulgação de meios midiáticos, forneçam programas de assistência social, por meio da participação de escolas públicas, com o intuito de estudantes e profissionais levarem alimentos e roupas para moradores de rua. Igualmente, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, com a verba pública, deve criar trabalhos remunerados, como reciclagem e outras atividades que não seja exigido ensino médio completo para trabalhar, a fim de que as pessoas, em situação de rua, possam ter outra chance de se sustentar economicamente. Logo, pode-se afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos para erradicar esse impasse.