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Enviada em: 04/09/2017

O livro capitães de areia, de Graciliano Ramos, clássico da literatura brasileira, retrata a vida de garotos que, por consequência da vida, acabam indo morar nas ruas do Rio de Janeiro. Fora da literatura, a realidade brasileira não é diferente da retratada, em que muitos vivem nas ruas. Nesse ângulo devem ser analisados os grupos que estão passando por necessidades e como isso influencia na educação e socialmente a problemática.                   Em primeiro plano, vale ressaltar sobre a heterogeneidade populacional dos moradores de rua. De acordo com a Constituição Federal de 1988- todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza; haja vista que, com o crescimento vertiginoso da pobreza, muitos não tem onde morar e acabam indo morar na rua. Por consequência, crianças, jovens, adultos e até idosos têm diferentes realidades, mas tem em com em comum a condição de pobreza absoluta. Sendo assim, com a heterogeneidade, os cuidados acabam sendo mais difíceis, tornando a saúde, alimentação e até a educação precários.                     Ademais, convém frisar que a educação desse grupo é muito limitada. Dados recentes divulgados pelo MEC (Ministério da Cultura), apontam que 75% dos moradores de rua não tem, pelo menos, o Ensino Médio completo. Como as escolas não tem classes e suporte necessário para recebê-los, eles acabam não indo atrás de ajuda e continuam na rua. Como resultado, a reinserção social fica comprometida, além da própria educação.                  Torna-se evidente, portanto, que os moradores de rua são um problema social e que deve ter suas consequências atenuadas. Desse modo, a Secretária Nacional de Assistência de Social aliada aos Ministérios da Educação e da Saúde, devem elaborar proposta para homogeneizar o grupo. Tudo isso será realizado através de escolas próprias e centros de saúde que atendam todas as necessidades deles, além disso, organizar convenções que ensinem e mostrem como eles podem se reinserir no círculo social e principalmente no mercado de trabalho. Outrossim, de acordo com o principio aristotélico, devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade, em suma, devemos tratar os moradores de forma desigual- pois somente assim estaremos tratando-se de forma iguais e respeitando a Constituição de 88.