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Enviada em: 07/09/2017

Não é difícil lembrar de notícias a cerca do crescimento do número de moradores de rua nos centros urbanos. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que, embora vivamos em um país com grandes extensões de terras, estas encontram-se sobre o domínio de poucos. Nesse sentido, torna-se necessário o debate sobre a condição precária que os indivíduos que vivem desabrigados enfrentam diariamente; situação causada, sobretudo, pela processo capitalista de gentrificação e pela ausência de políticas públicas de apoio a essa parcela da população.       Um dos tópicos que devem ser abordados são os processos que levam ao encarecimento de bairros e regiões nas cidades. Este fato pode ser observado na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro. Com as reformas realizadas devido ,aos últimos, megaeventos olímpicos, este local, antes residido por uma população de baixo poder aquisitivo, tornou-se uma região de intensa especulação imobiliária. É indubitável afirmar que esse cenário promoveu a expulsão destes moradores, uma vez que estas alterações tornaram inviável financeiramente a permanência destes indivíduos. Nessa conjuntura, muitas famílias foram obrigadas a abandonar as suas casas e passaram a ser submetidas a realidade das ruas. Dessa forma, é evidente que o governo deve criar mecanismos para diminuir os impactos das consequências deste processo.    Ademais, não há dúvidas que as ações voltadas para a melhoria da condição de vida dessas pessoas ainda seja pequena. Não há como negar que os últimos governos, no Brasil, tenham realizados grandes esforços para alterar esta realidade. Programas habitacionais como, por exemplo, minha casa, minha vida e a doação de casas populares foram responsáveis por significativas mudanças, possibilitando a população mais pobre ter direito a casa própria. Porém estas políticas ainda sofrem com severas disfunções burocráticas, posto que, o tempo nas listas de espera é relativamente grande; este fato constrói um grande impasse, dado que durante este tempo as pessoas ficam submetidas aos perigos das ruas. Diante disso, percebe-se que os governos devem criar soluções que tenham um curto prazo de atuação.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, os governos municipais devem tentar amenizar as consequências da gentrificação, através da isenção de taxas como IPTU, água e luz dos indivíduo afetados por este processo. Dando continuidade, a Secretária Nacional de Habitação com apoio da iniciativa privada de promover a construção de abrigos temporários para os indivíduos a espera das casas populares, estes permanecerão nestes locais por no máximo 1 ano. Só assim, a falta de moradia deixará de ser um problema social no Brasil.