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Enviada em: 14/09/2017

Ao passar pelas ruas de cidades brasileiras, principalmente metrópoles, é comum se deparar com pessoas que vivem, tristemente, sob precárias condições de vida. Essas são moradoras de rua, maltratadas pela sociedade, que as julga inferiores por terem menos poder aquisitivo, e ignoradas pelo governo, que não as auxilia.        Criados com valores morais e éticos, sendo a empatia um deles, os jovens brasileiros parecem apresentar, cada vez mais, uma mente aberta e livre de preconceitos. Entretanto, casos como o de 2016, no qual adolescentes atearam fogo em um morador de rua, mostram que há muito a ser feito. A ação, que fora gravada por câmeras de segurança, alertou o país para um problema que sempre foi evitado. Pessoas passam fome e frio nas ruas, em total desacordo com os Direitos Humanos, enquanto a sociedade os trata como lixo e o governo não toma medidas necessárias para melhorar a situação.      Desse modo, quando a condição dos mendigos e o descaso governamental são postos em evidência, é possível observar outro grande mal do Brasil: as pessoas são ensinadas a ignorar a situação, não a resolvê-la. Assim, preocupados demais com sua rotina apressada e em acumular capital, elas optam por fingir que nada acontece, permitindo que o poder público faça o mesmo. Logo, sem um maior envolvimento da sociedade com os problemas relacionados à falta de respeito e à violação dos direitos do cidadão, nada será resolvido.       Nessa perspectiva, deve-se pensar que cabe à sociedade, juntamente com o governo, parar de ignorar as condições desumanas sob as quais vivem os moradores de rua. Doações poderiam ser feitas e abrigos construídos, onde os transeuntes trabalhariam em conjunto para sua subsistência, produzindo a mais para lucrar e, gradativamente, se tornarem independentes de ajuda externa.