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Enviada em: 30/09/2017

No governo de Getúlio Vargas, na década de trinta, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização e teve como consequência o êxodo rural em grande escala. O crescimento desordenado da população nas cidades acarretou em um macrocefalismo urbano, ou seja, a moradia tornou-se insuficiente por causa da grande demanda de pessoas, o que aumentou o custo de vida nos centros urbanos e levou muitos indivíduos com baixa condição financeira às ruas.       A falta de empregos, ligada a necessidade de qualificação para contratação, é o principal motivo da existência de moradores de rua no Brasil. A tecnologia, que exige conhecimento específicos, como informática, faz com que pessoas impossibilitadas de pagar cursos profissionalizantes não sejam empregadas. Além disso, o número elevado de cidadãos no meio urbano torna os imóveis mais caros devido à grande procura, fator que contribui ainda mais para o aumento de indivíduos nas ruas.       É importante ressaltar que a quantidade elevada de moradores de rua pode aumentar a violência urbana. Isso é explicado pela teoria do fato social de Émile Durkheim, na qual defende que as ações das pessoas não acontecem por acaso, mas o contexto em que vivem as influencia. A fome, por exemplo, pode levar o indivíduo a cometer crimes para conseguir alimento para si ou para seus filhos, o que mostra com clareza que a miséria pode gerar violência. Vale lembrar que, muitos moradores de rua acabam viciados em drogas na intenção de amenizar as dificuldades que enfrentam. Porém, o vício pode tornar essas pessoas mais agressivas, pois a abstinência faz com que o viciado transgrida para suprir sua necessidade pela droga.       Diante disso, é imprescindível que o governo faça investimentos na ampliação de institutos de ensino gratuito, que ofereçam cursos técnicos para rápida inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, e na criação de centros de reabilitação mais eficientes, além de promover eventos sociais para ajudar indivíduos necessitados, como distribuição de cestas básicas, e obras públicas para gerar mais empregos. Cabe, ainda, à SNH (Secretaria Nacional de Habitação), junto ao Executivo, supervisionar e punir severamente empresas de construção civil e imobiliárias que cobram valores abusivos pela compra ou aluguel de imóveis. Também é necessário, por parte da sociedade, passar bons valores, como solidariedade e altruísmo, às futuras gerações para diminuir o descaso com os moradores de rua. Assim, o Brasil será um exemplo de justiça e igualdade.