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Enviada em: 09/10/2017

A partir do surgimento do conceito de "propriedade privada" e da consolidação do regime capitalista, as relações entre o homem e a terra passaram por grandes mudanças. Organizando-se os latifúndios e atribuindo-lhes valores de acordo com seus benefícios (tamanho, localização, etc.), vários empasses de ordem econômica foram sanados. Entretanto, no âmbito social, os menos privilegiados pagam a pena.       Sem condições de custear uma moradia digna, muitos brasileiros se vêm obrigados a fazer das ruas sua casa. Dentre os motivos que resultam nesse cenário estão: problemas com drogas (36%), desemprego (30%), problemas familiares (30%) e perda de moradia (20%) - dados de pesquisa da revista Istoé, em 2006.        Emocionalmente fragilizados, quando chegam às ruas esses cidadãos ainda se deparam com uma realidade mais cruel: a invisibilidade. A maior preocupação da sociedade e do estado com esses indivíduos é, histórica e literalmente, a de não vê-los. A tentativa de "limpeza" dos centros urbanos pelas camadas mais abastadas veem desde o início do século XVIII com a urbanização e consequente marginalização social até recentemente na época das olimpíadas de 2016 com a retirada dos moradores de rua das cidades a fim de "dar uma melhor impressão aos turistas estrangeiros". Esse quadro apenas dificulta a recuperação dessas pessoas que têm cada vez menos resiliência para procurar uma vida melhor.     A população que vive nas ruas precisa ser vista! Por isso, faz-se necessária a ação conjunta dos canais de comunicação midiáticos para divulgação de ONGs e clínicas de reabilitação e acolhimento de moradores de rua e dependentes químicos. Também é imprescindível que o Ministério da Saúde disponibilize verba governamental específicas para o atendimento dessa camada social. A criação, pelo Ministério do Trabalho, de um Centro de Auxílio ao Desempregado que divulgue as vagas de empregos também é primordial. Por fim, a sociedade precisa urgente tratar os moradores de rua com a humanidade e educação que eles merecem.