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Enviada em: 10/10/2017

Com o advento da Revolução Industrial, muitos trabalhadores perderam seus empregos para as máquinas. Por conseguinte, só teria o seu emprego mantido, aquele que tivesse uma especialização, o que gerou taxas exponenciais de desemprego. No Brasil, a questão persiste, especializações são cada vez mais exigidas, e assim, torna o desemprego um dos maiores causadores da desigualdade. Logo, os moradores de rua que, em grande parte, não possuem nenhuma especialização, tornam-se reféns do sistema. É possível perceber que a falta de um trabalho acarreta outros problemas, como a perda de moradia, o uso de drogas e a fome. Infelizmente, o Governo limita-se às políticas públicas paliativas ou os ignora, o que é seguido pela população que os trata com indiferença e desprezo.        Durante as Cruzadas, o Governo enviava moradores de rua para lutar no Oriente como estratégia de escoamento populacional. Embora a Constituição imponha que os direitos à vida devem ser preservados e garantidos, o Governo os desmerece e tenta livrar-se dos mendicantes também de forma cruel. Eles, incapazes, são deixados ao relento, sem oportunidade de integração, alimentação e moradia. Outrossim, o Governo é responsável pelas necessidades básicas dos cidadãos e, por isso, deve se conscientizar da importância da reintegração dos que, por exclusão social e econômica, vivem abandonados, passam fome, frio, e são vítimas de outros moradores com quem disputam um lugarzinho debaixo da ponte.        É indubitável que a população tem grande participação nessa questão. Em seu Imperativo Categórico, Kant disse que as pessoas devem tratar os outros como desejam ser tratadas. Entretanto, a maioria da população não se dá o trabalho de se preocupar com o sofrimento alheio. Em suma, o capitalismo nasceu adstrito ao segregacionismo social, em que as pessoas de melhores condições se sentem superiores, e os mendicantes tornam-se invisíveis aos olhos, algo indesejável e inconveniente. Muitos usam a falta de tempo para justificar a ausência de fraternidade. Para muitos, é mais cômodo trocar de calçada e evitar o contato com o mendicante, a trocar minutos do seu dia dedicando afeto, dignidade e preocupação        Percebe-se, portanto, que a desigualdade social é agravada com descaso do Governo e da população. Como forma de se atenuar o problema, é necessário que o Governo, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, crie políticas de integração do indivíduo na sociedade, a fim de garantir-lhes os direitos básicos, como saúde, moradia e alimentação. Além disso, deve-se tornar acessível os programas de capacitação, o que viabiliza a sua inserção no mercado de trabalho. Ademais, campanhas de abrangência nacional devem ser promovidas por meio da TV e internet, visando incentivar o acolhimento e o sentimento de amor ao próximo. Desse modo, será possível obter o afloramento do imperativo do Kant e tornar o mundo um lugar em que as pessoas amam o próximo como a ti mesmo.