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Enviada em: 12/10/2017

Dentre as metas da Agenda 2030, compromisso do qual o Brasil faz parte, encontra-se a redução das desigualdades. Contudo, no concernente a tal objetivo, ainda há um longe caminho para que o Brasil possa alcança-lo, especialmente no que tange à questão dos moradores de rua. Nessa acepção, é válido discutir sobre algumas vertentes dessa problemática, com o fito de se pensar em meios para reduzir o problema.       Primeiramente, cabe mencionar que a banalização do problema é um fator de supressão dos atos de combate. Nesse sentido, um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas indica que, em 2015 e somente na cidade de São Paulo, a rua já era moradia de 15.905 pessoas; em virtude desse número alarmante, no cotidiano de um cidadão comum, vários moradores de rua são avistados. Dessa forma, ao se depararem com múltiplas pessoas dentro de uma mesma problématica social diariamente, muitos tendem a ignorar o problema, com o pensamento de que nada pode ser feito a respeito. Sob essa conjectura, é evidente que colocar o tema em pauta na sociedade é imprescindível para que se incite na população um questionamente acerca da adversidade em questão.      Outrossim, é preciso tratar da violência a que essas pessoas são submetidas. A esse respeito, dados divulgados pela Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostram que, em Fortaleza, 54,4% dos moradores de rua já sofreram violência. À vista disso, é possível afirmar que a persistência dessas agressões está ligada à baixa proteção governamental a tais indivíduos, problema que fere o princípio da equidade. No que diz respeito a tal princípio, Aristóteles já dizia que "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade"; logo, com base no pensamento do filósofo, é necessária a criação de políticas de proteção especiais àqueles que não possuem moradia.        Urge, portanto, que medidas sejam tomadas, a fim de se amenizar a problemática dos moradores de rua no Brasil. Para esse fim, cabe às redes televisivas tratarem do tema por meio de ficções engajadas, as quais devem expor as precárias condições de vida e a violência contra essas pessoas, com o intuito de provocar na sociedade a indignação a respeito da questão e fazer com que esta pressione o governo a apresentar soluções. Em resposta à sociedade, os Governos Municipais devem, como medida paliativa, criar abrigos para reduzir a concentração dessas pessoas nas ruas. Ademais, o Poder Legislativo deverá criar delegacias especializadas para tratarem da violência contra moradores de rua, a fim de evitar a reincidência das agressões.