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Enviada em: 19/10/2017

A questão dos moradores de rua e a garantia da cidadania     A Lei Áurea em 1888, fez com que inúmeras pessoas fossem libertadas da condição de escravos para viver a cidadania, contudo, grande maioria não conseguiu trabalho e moradia. E o que os restou foi viver como indigente nas ruas. Fome, frio, sede, violência e pobreza são impasses cotidianos enfrentado pela população de rua. O grande impasse é a inatividade da Constituição brasileira que prevê moradia a todos, mas a mesma fica apenas no papel.      Apriori, o morador de rua se aliena à ideia de que não possui direitos, então se submete a condições degradantes. O livro ‘’Cidadão de papel’’ exemplifica o fato de diversos direitos estarem apenas na folha, como no caso dos desvalidos de recursos financeiros. Os quais têm seus direitos garantidos pelo Estado, mas os próprios não o reconhecem. Assim, de modo exposto, observa-se defasagem entre direito e garantia e são necessárias medidas para intervir no impasse. O território brasileiro tem um número considerativo de moradores de rua, apenas nas ruas da cidade de São Paulo abrigam 15.905 pessoas, segundo censo da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social .      Um dos reflexos da globalização é o intenso processo de exclusão social das minorias. Em meio a uma sociedade pautada pela desigualdade e injustiça social e diante da grande valorização do capital, a população em situação de rua, dentre as outras minorias, é classificada como uma das mais tocantes, haja vista sua vulnerabilidade e instabilidade social. Para uns eles são merecedores de afeto apenas no inverno, enquanto para outros são invisíveis o ano todo.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Estado que atue conforme a instituição que o rege, garantindo os direitos básicos a todos. E ainda aumentar os números de banheiros públicos, para que além de o morador de rua faça suas necessidades, seja remunerado por trabalhar como zelador. No mais, deve-se melhorar o atendimento nos órgãos públicos, como nos serviços de saúde, onde muitos são descriminados. Além disso, cabem as instituições educacionais que forneçam mais aulas e palestras de Sociologia e Filosofia sobre conhecimento crítico acerca da cidadania.