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Enviada em: 04/03/2018

Quando a casa é a rua   O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma pesquisa embasada em dados de 2015 que diz que aproximadamente 100 mil pessoas fazem da rua sua morada em todo o país. Os motivos pelos quais essas se abrigam na rua variam desde financeiros até psicológicos. Tanta gente vivendo desabrigada e em condições desumanas gera um problema social, que, felizmente, pode ser drasticamente diminuído com a execução de um direito básico: a educação.       Cerca de 16 mil pessoas vivem na rua somente na cidade de São Paulo. Essas estatísticas mostram um aumento de 10% de indigentes ao ser comparada com dados de 2011, o que reforça o descaso e a exclusão social praticada com essa parcela da população. Ambos são tão intensos, tanto por parte de civis comuns quanto por parte de governantes, que alguns sentem como se não existissem mais.        Em 2008, a revista de veiculação em todo território nacional, a Istoé, publicou uma pesquisa que sugere que a maioria da comunidade sem teto está nas ruas devido a problemas relacionados a dependência química. No entanto, o desemprego também é uma razão forte que contribui para o aumento desses números. Os motivos pelos quais algumas pessoas vivem nas ruas consistem até em decepções amorosas. Foi apurado nessa mesma pesquisa que quase 3/5 têm apenas o ensino fundamental, completo ou até mesmo incompleto.       O fato de haver uma quantidade considerável de indivíduos vivendo na precariedade das ruas gera um problema social grave. A condição deles é a pobreza extrema. São afetados pela fome, condições climáticas e muitas vezes violência, como aconteceu em 2013, quando três jovens atearam fogo a um morador de rua num município próximo à capital federal, ato que causou grande repúdio.       As medidas para solucionar esse dilema consistem em investimentos em um direito garantido a todos os cidadãos na constituição federal: a educação. Ao obter mais qualificação acadêmica e posteriormente profissional, é possível alterar a os índices e a tendência, já que a grande parte da população de rua não possui o ensino médio e tem que usar a rua como abrigo porque ficou sem emprego; um maior grau de instrução aumenta a chance de empregabilidade. Parcerias entre as mantenedoras dos abrigos e empresas podem ser firmados, nos quais um emprego é garantido após um período de capacitação enquanto se mora no abrigo. Afinal, como foi dito pelo Padre Antônio Vieira, a boa educação é moeda de ouro por em toda a parte ter valor.