Materiais:
Enviada em: 05/03/2018

Não é novidade que a sociedade capitalista contribuiu para a desigualdade social e econômica, principalmente em grandes centros urbanos. Os moradores de rua são um dos efeitos da implantação desse modelo, sendo problema cada vez mais frequente na realidade brasileira. Essa parcela da população se descobriu invisível aos olhos do Governo Brasileiro e da comunidade, pois são pessoas que carecem até mesmo do atendimento social básico, alimentação e saúde, por exemplo. Certas vezes, tudo o que mantém esses indivíduos na rua, é a falta de oportunidade.                     De acordo com a Constituição Federal de 1988, é assegurado aos brasileiros, sem nenhu-ma distinção, o direito à moradia. Essa Lei não é devidamente cumprida, uma vez que são vistas milhões de pessoas vivendo em condições desumanas nas ruas do Brasil. A assistência social levada até esses grupos ainda é pouca, pois além de muitos governantes virarem as costas para esses casos, o resto da comunidade não se mobiliza para ajudá-los. Está intrínseco o preconceito com os moradores de rua, sendo que boa parte não está nessa situação por vontade própria.             Ao instaurar o modelo econômico capitalista, surgiram as propriedades privadas, e consequentemente, as pessoas sem condições financeiras se viram obrigadas a morar em espaços públicos. Assim, os chamados sem-teto ocupam as ruas por não conseguirem empregos, esperando uma chance para garantir seu sustento e sair da pobreza. Outros estão na rua por conta de vícios em bebidas ou em drogas, e acabam sendo expulsos pelas famílias, muitas vezes não tendo suporte médico para o tratamento do problema.                         Quanto maior a ausência familiar, mais difícil será a recuperação do "viciado", pois a falta de apoio reflete nas atitudes do indivíduo. Por causa disso, uma quantidade expressiva desses entram na criminalidade, furtando ou roubando. Casos assim, geram medo na população, que receosas de sofrerem violência, não dão oportunidades de reinserção social para desabrigados. A cracolândia em São Paulo, é um dos principais exemplos da marginalização dos moradores de rua; desde traficantes de drogas até pontos de prostituição, eram ignorados pelos habitantes da cidade.                         Logo, famílias e comunidade precisam se unir, procurando apoio médico adequado para pessoas viciadas em postos de saúde, pois esses oferecem tratamentos gratuitos para famílias carentes; com o intuito de não haver reincidência nas drogas, tirando-as das ruas e podendo incluí-las na sociedade ou dando oportunidades de emprego e fazendo doações para desabrigados. O Estado tem o dever de garantir uma moradia a população, seja criando abrigos destinados aos moradores de rua, ou levando programas de assistência social mais amplamente, como o Bolsa Família, por exemplo.