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Enviada em: 02/03/2018

A desigualdade social, que assola o país há séculos, tem sua face exposta nos indigentes, nos moradores de ruas, nas famílias abrigadas sob as pontes. Embora tenha havido uma redução da extrema pobreza nos últimos anos, a situação daqueles que vivem nas ruas ainda é uma realidade. Um problema que carece de medidas urgentes, pois uma vida com condições mínimas de subsistência é direito de todo cidadão.       Karl Marx, grande pensador do século XIX, dizia que "A história de toda a sociedade até hoje tem sido a história das lutas de classe". Cabe a reflexão nos dias atuais, pois enquanto uma classe segue abastada, acumulando riquezas e explorando o trabalhador, outra segue à míngua, sofrendo com a ausência daquilo que é essencial à dignidade humana, o direito à moradia, à uma alimentação saudável, a uma vida decente.       Sabe-se que a desigualdade social é um dos fatores que levam a famílias inteiras a morarem nas ruas, porém, há outras razões que culminam a tal situação extrema. Muitos daqueles que se entregam às ruas, o fazem por abando familiar, devido a problemas com álcool e drogas, outros por estarem num estágio tão avançado da depressão que não encontram sentido na vida e saem perambulando a esmo.        Em consequência disso, as igrejas e as ONGs prestam um grande serviço a essas comunidades, buscando resgatar a dignidade e a autoestima dessas pessoas, fornecendo roupas, alimentos e atenção. Embora essa atitude solidária seja fundamental, ainda não é o suficiente.        Diante disso, cabe ao Governo Federal a criação de programas de distribuição de renda, com o fim de reduzir o abismo social; o investimento em casas populares para abrigar famílias carentes e estimular o empresariado a valorizar seus trabalhadores, por meio de incentivos salariais, fazendo com que a economia continue girando. À sociedade, tem o dever de participar de ações comunitárias, visando a enxergar essa parcela da população, que há tempos desistiram de lutar uma luta que não deveria ser tão desigual.