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Enviada em: 12/03/2018

Rua não é morada  São diversas as causas que levam as pessoas às condições de rua, partindo desde a baixa escolaridade, vícios, desemprego a até a falta de oportunidades. A sociedade em conjunto com seus gestores tem total capacidade para mudar tal quadro, mas, no entanto, o que se vê é uma situação estável e pouco discutida, tanto pela negligência com essas vidas, tanto pelo interesse capital sobressair as questões socais.   Em estudos da sociedade atual, o sociólogo Bauman a classificou sendo líquida. Essa expressão remete à liquidez das relações interpessoais, ao egoísmo e à fragilidade destas, caracterizando bem a realidade encontrada por pessoas em condições de rua. O preconceito e as inexistentes oportunidades criam a perspectiva de opressão e desigualdade, aumentando o número de pessoas na miséria e nestas condições, levando muitas vezes, famílias inteiras às ruas. Pequenos furtos são consequências, uma vez que, essas pessoas precisam subsistir, o que acaba elevando as taxas de criminalidade.   No Brasil faltam leis eficazes para a solução dessa problemática que muitas vezes é deixada de lado pelo interesse público por não gerar capital. Ainda quando são criadas opções, como exemplo do prefeito de São Paulo, João Dória, e seus abrigos noturnos temporários para pessoas em condições de rua, são soluções temporárias que não resolvem a fundo toda a questão social que envolve tal problemática.   Para essa realidade muitas medidas devem ser tomadas, partindo inicialmente do poder público em investimentos para moradias, abrigos atemporais, alimentação e implementação dessas pessoas ao mercado de trabalho, possibilitando uma vida diferente da vivida antes, sem qualquer oportunidade. Empresas que acolhessem pessoas com esses históricos seriam beneficiadas com descontos em impostos. Escolas deveriam ser construídas para possibilitar que essas tenham uma mão de obra qualificada. Para com a sociedade, desde a infância deveria ser implantado uma noção de respeito e visibilidade para essa parcela da população, colocando a generosidade de se doar alimentos e roupas como uma causa necessária e culposa, não apenas um sinal de bondade por parte de quem o fez. Por fim, colocar em prática as leis que já garantem moradia, educação e igualdade, tornando a sociedade justa e igualitária.