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Enviada em: 13/04/2018

A análise crítica dos aspectos sociais é contrária à visão resignada da massa popular. Como disse o ex-presidente norte-americano John Kennedy, o conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento. Em vista dessa condescendência social, observa-se que o elevado número de moradores de rua no Brasil é um episódio relevante e com tendência a se perpetuar caso não haja uma apreciação séria e resolutiva.       Em uma primeira análise, o sociólogo Karl Marx via o coletivo como uma forma para suplantar o modelo individualista do capitalismo. Nesse viés, pode-se observar que a concentração de renda pelas grandes empresas devido a ambição de sempre obter lucros e os constantes casos de corrupção são medidas egocêntricas características na realidade brasileira que pode trazer sérias consequências, como, por exemplo, o aumento das desigualdades sociais e da fome no país -que vem crescendo cada vez mais no Brasil- e o crescimento dos números de moradores de rua. Com isso, essas pessoas estão sujeitas a constantes violências e mais vulneráveis para contrair doenças.        Em uma segunda análise, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, na obra "Modernidade Líquida", a sociedade pode ser caracterizada pela sua fluidez e pelo enfraquecimento dos laços humanos. Semelhante a isso, observa-se que a atual situação dos moradores de rua no Brasil se deve em grande parte à falta de empatia da população por não desenvolverem formas para ajudar os necessitados, pela ausência de políticas públicas que acolham os mendigos e também o aumento do êxodo dos indígenas por terem perdido suas terras devido a expansão agrícola, com isso tendo como único meio de sobrevivência a ida para as cidades. Nesse viés, devido os mendigos estarem marginalizados, as chances do aumento do uso de drogas é considerável; precisando de medidas que revertam essa triste realidade.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para se resolver esse problema. Sendo assim, deve haver campanhas midiáticas com apoio de ONGs sobre a necessidade de mais empatia por parte da população, estimulando campanhas solidárias para minimizar o sofrimento dos mendigos; além disso, devem ser desenvolvidos projetos de extensão universitária das faculdades de Ciências Sociais com ciclo de palestras abertas à comunidade sobre a importância de uma melhor distribuição de renda que permita diminuir os índices de desigualdades no Brasil, para que se tenha uma sociedade mais equivalente; deve, ainda, existir projetos escolares com participação de todos os alunos sobre a necessidade políticas públicas, para que os discentes tenha a noção desde cedo da importância da empatia para a vida social.