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Enviada em: 18/08/2019

Na segunda guerra mundial, o regime totalitário imposto por Hitler cativou inúmeros alemães com seu discurso carismático e manipulador, facilmente adotado pelo indivíduo alienado. Tais comícios foram fortemente impulsionados pelos meios de comunicação e tecnologia da época, e lamentavelmente disseminados por toda Europa. Logo, é imprescindível discutir as novas formas de totalitarismo decorrentes da era tecnológica.  Convém ressaltar, a princípio, o filme "A onda" retrata um experimento de um professor, cujos alunos desacreditavam de uma nova ditadura alemã. Contudo, com o passar da obra, os próprios estudantes membros da onda defendem o regime totalitário imposto na sala de aula. De mesmo modo, Hannah Arendt reitera sobre como as pessoas que não questionam o que fazem banalizam o mal e o irradiam, sem nenhum exame de consciência sob suas ações.  Ainda sob esse viés, o episódio quinze milhões de méritos de Black Mirror, apresenta como a tecnologia participa do controle sob os indivíduos, que entregaram sua privacidade com a promessa de segurança e conforto. Similarmente, a atual sociedade está submetida à coleta de dados por empresas que produzem bens e serviços (como o facebook, que autorizou o acesso aos dados dos usuários para a Amazon, Netflix e outros – de acordo com a New York Times). Ademais, em ambos os casos as pessoas não questionam sua liberdade de escolha imposta, sempre dentro de padrões, como defende Sartre.  Logo, percebe-se que medidas são necessárias para combater a problemática. Portanto, é axiomático que o Ministério da Educação inclua uma matéria nas escolas que utilize do debate sobre o cotidiano como nova disciplina, para que seja um hábito discutir com bases e fontes confiáveis, ler e pesquisar. Com isso, espera-se a formação de cidadãos mais instruídos, críticos, responsáveis e participativos no meio social em relação às suas escolhas, para usufruir da era tecnológica da melhor forma possível sem ferir os direitos humanos.