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Enviada em: 18/06/2018

O Mito da Caverna idealizado por Platão diz que o homem necessita sair de seu estado de passividade no mundo das sombras e dirigir-se para o mundo das ideias se quiser obter uma real compreensão do mundo ao seu redor. Seguindo o mesmo pensamento, o surgimento de debates de novos modelos educacionais no Brasil mostra-se pertinente. Haja vista que, amiúde, o atual sistema transfigura-se na caverna de Platão e coíbe a autonomia de pensamento dos alunos em seu processo de aprendizagem.    A escola, indubitavelmente, tem papel fundamental na formação de um indivíduo. Através dela, valores que acompanharão toda a vida de uma pessoa serão formados. Todavia, baseado em métodos defasados, o atual modelo educacional não estimula a criatividade a autoaprendizagem do estudante. Uma vez que, aplicando teste que não avaliam as múltiplas inteligências, como a espacial, musical e interpessoal, e punindo os alunos que, aparentemente, não possuem certo nível intelectual, a escola cria um ambiente homogeneizado ilusório, negando a existência da subjetividade de cada criança e adolescente.    Por conseguinte, diante da insatisfação com o modelo convencional, a partir do século XX, novas formas educacionais foram propostas. Métodos como a educação domiciliar e o Montessori - que prioriza a independência da criança em seu processo de aprendizagem - evidenciam a tentativa de contornar o sistema tradicional e proporcionar às crianças uma educação diferenciada. Nesse sentido, em meio a tantos modelos diferentes concernente à educação, cria-se na sociedade o questionamento a respeito de qual modelo seguir.    Providências, destarte, são imprescindíveis para atenuar a problemática. Visando o estímulo da criatividade e independência infantil, o Ministério da Educação (MEC) deve, por meio de programas em escolas e atividades pedagógicas, proporcionar às crianças e adolescentes ambientes no quais possam exercer a sua autonomia de pensamento e capacidade inventiva. Ademais, cabe ao MEC promover a elucidação à sociedade a despeito dos novos modelos educacionais, mediante a apresentação do tema em meios midiáticos e da disponibilização de um espaço online para possíveis dúvidas. Dessa forma, a sociedade civil poderá obter uma melhor compreensão dos novos métodos e optar por aquele que atenda suas necessidades.