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Enviada em: 17/06/2018

Na Grécia antiga, as crianças eram educadas seguindo as tradições religiosas. Já na Idade Média, o estudo era limitado aos membros da igreja. E somente na Europa do século XVII é que esse modelo atual, com alunos e professores, foi criado. Assim sendo, todos os cidadãos têm direito à educação, não importa a forma que a escola ensina. Por esse motivo, elementos pedagógicos e estruturais são imprescindíveis na educação digital para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.    A priori, a capacitação dos professores em relação às novas tecnologias é primordial. Nessa continuação, observa-se que a formação profissional não leva em consideração essas novas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Segundo dados da pesquisa TIC Educação 2014, 67% dos professores não recebem capacitação para o uso pedagógico da internet. Dessa forma, o professor precisa buscar esse novo conhecimento em outros espaços, contudo, isso nem sempre funciona, pois frequentar cursos e poucas horas pode não garantir segurança e domínio dessas tecnologias. Assim, implantar laboratórios de informática nas escolas não é satisfatório para a melhoria da educação, é necessário que os indivíduos do ambiente escolar tenham seu papel redesenhado.     Outrossim, percebe-se que o outro obstáculo para a implementação e disseminação de escolas mais alinhadas às inovações digitais está na infraestrutura, dado que, a baixa velocidade de conexão ainda é uma das principais barreiras. Conforme levantamento do Comitê Gestor da Internet do Brasil, a velocidade da principal conexão à internet em 33% das escolas públicas brasileiras é bastante limitada, ficando entre 1 a 2 Mbp/s, visto que nas escolas particulares apresentam uma conexão na ordem de 3 a 10 Mbp/s. Além disso, a imensa maioria das redes de wi-fi dos colégios está fechada para os professores e alunos, o que mostra a falta do uso didático da internet. Por conseguinte, torna-se essencial mudar a forma de aprendizado e, sobretudo, adequar fazer uso dos recursos tecnológicos.    Fica claro, portanto, que a falta de formação continuada dos professores e as estruturas físicas dos colégios do Brasil impedem o uso das tecnologias nas salas de aula. Logo, o Ministério da Educação deve investir na qualificação dos gestores e professores dos sistemas educacionais recorrendo a uma reformulação dos currículos de licenciatura, incluindo disciplinas e estudos que abordam o uso de ferramentas tecnológicos no processo da didática e metodologia de estudo para servir de suporte e auxílio aos novos desafios a serem enfrentados dentro da sala de aula. Ademais, o as secretarias estaduais de educação precisam melhorar e ampliar a infraestrutura física das instituições de ensino federais, por meio da construção de mais laboratórios de informática e do aumento da velocidade de conexão a internet, a fim de disponibilizar uma educação mais conectada aos alunos e professores.