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Enviada em: 08/08/2018

Embora o Brasil esteja em uma era de avanços tecnológicos e ideológicos, há décadas o sistema de ensino está estagnado ao seu tradicional modelo, não mais atrativo e suficiente para adequação do aluno no ingresso a um curso de ensino superior ou ao mercado de trabalho. Por isso, vem surgindo no mundo singulares formas de ensino, mais adaptadas às diferenças sociais existentes no país, possibilitando aos brasileiros mais oportunidades. Todavia, a precariedade tecnológica em que vivem a maioria da população é um entrave para a efetivação de novos modelos educacionais.   Nesse viés, o sistema de ensino do país, corrobora-se ser uma escola excludente, já que nem todos os cidadãos tem acesso à educação como garante o Art. 6º da Constituição Federal. Além disso, a avaliação é feita de forma generalizada - por meio de provas escritas iguais - e não de acordo com a capacidade de cada indivíduo, por isso muitos alunos se sentem incompetentes em relação ao aprendizado de determinada disciplina, essa forma supressiva influencia o desestímulo e, consequentemente, a evasão escolar. O produto disso é a atual necessidade de novas formas de ensino que priorizem, de fato, a divisão em áreas a quais os alunos se identifiquem para haver efetivação do conhecimento nas diversas áreas da sociedade, a fim de erradicar a padronização das metodologias do processo brasileiro de educação.    No que se refere a novos modelos didáticos, vem ganhando força na sociedade o EAD ( Ensino a Distância), isso porque não necessita de aulas presenciais e torna o aluno responsável à busca pelo conhecimento de acordo com sua disponibilidade e interesse. Nesse eixo, além de ter conhecimentos didáticos, o indivíduo se integra à plataforma digital essencial no atual mundo globalizado. Ainda nesse contexto, o aluno se torna mais empoderado, porquanto recebe apenas o embasamento do docente, mas é incumbido por sua forma de desenvolver o conteúdo, formando assim cidadãos e profissionais qualificados e com maior capacidade crítica. Surgem também instituições físicas neste modelo, tendo como referência a "Escola da Ponte", em Portugal, onde as salas de aula tradicionais foram substituídas por espaços que os estudantes recebem acompanhamento individual e diferenciado.   Com o fito de erradicar modelos educacionais excludentes em favor de inclusivos é necessário que o Ministério da Educação, com apoio do Estado, delibere uma reforma no sistema de ensino brasileiro na qual o estudantes possam optar por áreas específicas do conhecimento que se identifiquem, e ainda que haja um ensino individual de qualidade de modo a se adaptar às evoluções tecnológicas, mas sem abandonar os aspectos culturais das diferentes regiões do país, identidade de cada povo. Assim sendo, a nação se constituiria de cidadãos altamente qualificados e com desenvolvimento sociocultural.