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Enviada em: 10/10/2018

Em Busca de Adaptações        No Brasil de Cabral, os jesuítas foram incumbidos de catequizar indígenas e para isso usaram métodos rígidos e hierárquicos. Modernamente, o ensino carrega vestígios dessa maneira arcaica com carteiras enfileiradas, alunos sentados e professor em uma posição superior. Entretanto, mesmo com as atualizações na didática fica evidente a necessidade de repensa-los no contexto do mundo atual e repensar sobre a liberdade das familiares para decidir entre o tradicional e um alternativa.       Em 1988, a Constituição Cidadã foi promulgada após um extenso período sob Regime Civil-Militar e nela se definiu o art. 205 que define o dever do Estado e da família de garantir o acesso à educação. Nesse sentido, é preciso ressaltar que devido a enorme demanda sobre o poder público a sua eficiência educacional é prejudicada, o que traz como uma das consequências quase 1 milhão de estudantes evadindo-se do ensino médio, segundo o IBGE. Além disso, a obrigação da família perante ao Estado, em garantir o acesso à escola fere diretamente a ideia de liberdade individual do filósofo John Mill, na qual sugere que o Governo não tem autoridade moral para definir os valores das famílias.       Somado a essa conjuntura, é imprescindível considerar a falta de atratividade na qual o modelo tradicional traz. Segundo o geógrafo Milton Santos, a Revolução Tecno-Científico-Informacional é capaz de alterar os valores e sensações da sociedade, isto é, a rapidez com que as informações são recebidas e os padrões de consumo são transformados. Dessa forma, um modelo obsoleto de ensino do séc. XVI torna-se pouco chamativo ao jovem dinâmico e usuário das tecnologias do séc. XXI de maneira que a percepção de estudo esteja ligada a algo velho, no qual deixa de acrescentar na vida.     Em suma, é de extrema importância a modernização do ensino e dos valores educacionais brasileiros. Para isso, cabe ao Governo Federal descentralizar o poder de investimento na educação, a fim de delegar essa obrigação aos estados e municípios para o aumento da eficiência nessa área. Além disso, cabe ao poder legislativo modificar a constituição por meio de uma emenda de forma que se dê autonomia à família para ter a liberdade de definir a formação das crianças e jovens. Ademais, faz-se necessário que o Ministério da Educação reformule a grade de ensino por meio de um amplo diálogo com a sociedade civil, educadores, psicopedagogos e etc, de forma que se integre as metodologias tradicionais às tecnologias no intuito de instigar e dialogar com a linguagem do jovem.