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Enviada em: 12/05/2019

Paulo Freire, o educador brasileiro mais reconhecido mundialmente, desenvolveu a metodologia de alfabetização que mais vigora no Brasil. O mesmo criticava a conjuntura de ensino na época, pois, segundo ele, tornava o aluno um receptor de conhecimento passivo e não reflexivo. Como Paulo Freire, há uma numerosa parcela da população que defende novos modelos de educação no Brasil. Muitos não perceberem que a maioria das escolas são fluídas e dinâmicas na medida de tornar o ensino o menos inacessível possível e que o problema não está somente na metodologia que torna o conhecimento desinteressante para alguns alunos, mas também no baixo investimento em educação.        Primeiramente, é necessário perceber que o Brasil apresenta um quadro acentuado de pessoas com baixos níveis de escolaridade. É fácil perceber, caso pertença a classe económica "C" ou não, exemplos de tios, primos ou avós que não tiveram acesso a escola devido a questões financeiras. Levantar a bandeira de novos métodos como o do ensino a distancia muitas vezes não levam em conta que boa parte da população não tem acesso a tecnologias digitais ou até mesmo o conhecimento de como utiliza-las. A educação brasileira deve reconhecer a condição social da população e enquanto a desigualdade económica prevalecer, muitas metodologias propostas serão excludentes.       De antemão, perceber que os cursos de licenciatura devem formar profissionais na área do ensino que permitam o contornar a maior dificuldade que o ensino brasileiro enfrenta: tornar as aulas interessantes com as poucas ferramentas e estruturas oferecidas pelo baixo investimento na educação. O atual modelo permite o professor alterar e deixar suas aulas diferentes a cada aula na medida do possível. Novas metodologias não deveram ser descartadas, mas, considerando a atual conjuntura política e social do Brasil, não deveram ser aplicadas.        Portanto, é necessário que o Estado atente a esse problema. É mister que o ministério da educação em parceria com as universidades fomentem a necessidade do professor em tornar suas aulas interessantes por meio de novas atividades curriculares na licenciatura. Em paralelo, o ministério da economia, através de parlamentos, deve debater investimentos na educação para que novas metodologias de ensino sejam filtradas e aplicadas futuramente sem excluir nenhuma parcela da população.