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Enviada em: 19/07/2019

Na Grécia Antiga os filósofos sofistas viajavam pelas cidades em busca de alunos que estivessem dispostos a pagar uma taxa em troca da educação de maneira a instituir um modo de ensino permanente até os dias de hoje. Sob esse aspecto é palpável afirmar que a educação é reflexo de diversos períodos históricos e sofre adaptações no decorrer de acontecimentos. No entanto, o modelo didático vigente no Brasil ainda está atrasado em relação as novas tecnologias e em virtude disso se tornou ineficiente, fado ratificador da necessidade de repensar a pedagogia brasileira, visto que está baseada em um sistema padronizado que acentua as desigualdades e a exclusão social.     Nesse viés, mostra-se visível que a ineficácia da metodologia de ensino público do país é reflexo da carência de investimentos governamentais nessa área, visto que no Brasil há uma grave dicotomia entre o sistema de ensino e sua aplicabilidade na sociedade. Isto é, o modelo atual de educação necessita não só se adaptar ao mundo globalizado, mas também levar em consideração as diversidades culturais, intelectuais e sociais dos estudantes, já que esses fatores dificultam o aprendizado e o interesse do indivíduo em frequentar a escola. Analogamente a isso, surge no mundo novas formas de educação a serem seguidos em que o aluno tem maior protagonismo sobre seus estudos como, por exemplo, a "Escola da Ponte" em Portugal, onde as salas de aula foram substituídas por espaços livres de conhecimento e os professores são vistos como auxiliadores educativos.      Ainda nesse contexto, um novo modelo de educação que cresce no Brasil é o chamado EAD (Ensino a Distância) o qual, segundo o Censo da Educação realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), cresceu 17,6% entre os anos de 2016 e 2017. Isso demonstra um dos benefícios surgidos com a globalização que possibilitou aos indivíduos a capacidade de autonomia na elaboração de seus horários de estudo o que traz a possibilidade de trabalhar sem atrapalhar a formação educacional. Além disso, esse método condiz com os novos modos de educação que surgiram no mundo, como o caso de Portugal, já que o aluno passa a ser um sujeito ativo em sua instrução profissional.     Faz-se evidente, portanto, que, não obstante haja tecnologia que pode contribuir com melhorias na educação brasileira, a falta de atenção ainda é uma barreira a ser enfrentada. Desse modo, com o fito de adaptar o modelo educacional do país às novas formas mundiais, é necessário que o Estado por meio de investimentos em projetos científicos que tragam lucro ao país aplique o rendimento na qualificação de professores, de modo a garantir ao aluno maior liberdade em seu aprendizado e currículo, para com isso assegurar a autonomia e responsabilidade do indivíduo em relação ao estudo.