Materiais:
Enviada em: 14/10/2017

Durante os séculos XVI e XIX, o Brasil foi uma colônia portuguesa. Com isso, adotou o sistema de ensino similar ao da metrópole, no qual a Igreja Católica conduzia o processo pedagógico, com elevado rigor e conservadorismo. No regime militar, entretanto, esse carácter autoritário da educação intensificou-se com o modelo tecnicista, contribuindo para formar o atual modelo de aprendizagem brasileiro, com altos índices de insucesso e abandono escolar. Nesse cenário, faz-se imperativo discutir acerca dos caminhos para superar a crise no ensino do país.     A princípio, vale pontuar que o ultrapassado modelo de ensino corrobora para que os jovens sintam-se desestimulados a irem à escola. Comprova-se que lápis, papel, caneta, quadro negro e professores pouco interessados nas dificuldades do estudante são agravantes para a evasão escolar ao analisar os dados do IBGE, que apontam que cerca de 52% das pessoas não concluem sequer o ensino fundamental devido à falta de estímulo, por acharem o ambiente escolar arcaico. Dessa maneira, nota-se que no mundo globalizado, com inúmeras tecnologias virtuais, é dificultoso manter um aluno interessado em decorar páginas de um livro para a prova discursiva do dia seguinte. Para Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, assim, é incontestável que esse cenário deve reverter-se.    Ademais, convém ressaltar que as novas mídias tecnológicas auxiliam no processo pedagógico, sendo incoerente a falta de seu uso nas redes de ensino. Uma prova de que é possível associar o ambiente virtual à aprendizagem através da pesquisa do Jornal UOL, a qual revela que a tecnologia instiga a troca de informações e conhecimento, facilitando a comunicação entre professor e aluno. Desse modo, é notório que o estudante sente-se mais estimulado em atividades lúdicas do que na memorização por “decoreba”, sendo possível unir dois benefícios ao uso de ferramentas virtuais: aumento no rendimento escolar e estímulo para a boa frequência nas aulas.     Logo, é incontrovertível que haja equilíbrio entre novos modelos de ensino e eficiente processo de aprendizagem. Para isso, o Ministério da Educação, com apoio do Governo Federal, deve invistir em novas ferramentas de ensino, como tablets, computadores, jogos eletrônicos, por meio da arrecadação de Impostos de Renda, e distribua em rede nacional, possibilitando que professores usem as tecnologias para tornar o ensino mais lúdico e efetivo e atenuem a falta de estímulo. Além disso, é importante que o Poder Executivo una-se com a mídia para promover campanhas de incentivo à educação, por meio de propagandas, visando recuperar todos os desistentes que se sentem desestimulados. Ainda, aos municípios cabe o papel de manter os professores sempre atualizados com novas formas de ensino, através de cursos de capacitação gratuitos.