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Enviada em: 02/11/2017

Com a deplorável situação do atual cenário político brasileiro, tornou-se impossível não incluir o tema nos debates escolares, relacionando-o a outros problemas e à historia do Brasil. Sendo assim, o projeto de lei "Escola Sem Partido" visa, erroneamente, eliminar qualquer forma de imposição ideológica por parte dos professores, afirmando que a educação deve partir dos pais e não pode sofrer interferência escolar.        Ao considerar os  principais acontecimentos dos últimos anos, é possível estabelecer uma profunda conexão com a política e a moral na grande maioria dos eventos. Dessa forma, como estimuladores do pensamento crítico, muitos professores buscam levar para a sala de aula tais assuntos, fazendo perguntas e incitando um debate acalorado. Incentivam, assim, a coalização de pesquisas para que os alunos saibam se posicionar e argumentar sobre a questão em pauta. Portanto, embora alguns educadores de má índole aproveitem sua autoridade para impor a própria opinião, é extremamente injusto que os demais sejam submetidos à proibição de discutir temas presentes no cotidiano, sobretudo que influenciam fortemente a vida dos brasileiros.     Por conseguinte, com o pressuposto de que somente os pais devem educar seus filhos pelos próprios valores éticos e morais, também é retirada toda liberdade de pensar do jovem. Sem estímulos para buscar opiniões divergentes àqueles transmitidos por seus responsáveis, muitas crianças serão criadas sem conhecer ambos os lados de um problema. Paralelamente a isso,  o preconceito poderá ser ensinado e uma certa "ditadura" existirá dentro de casa na qual os pais, como autoridade máxima, irão impor suas regras e, ao filho, só restará obedecê-las.      Nessa perspectiva, o projeto Escola Sem Partido provocará uma alienação tão grande quanto  a existente, apenas alterando o ditador. Diante disso,  os pais devem incentivar seus filhos a pensarem com autonomia, para que não aceitem tudo o que é dito pelo professor. A escola, de acordo com a Constituição, também deve cuidar para que os docentes não imponham sua ideologia aos jovens, de maneira autoritária, não permitindo, portanto, a doutrinação.