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Enviada em: 02/11/2018

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas indica que aproximadamente 40% dos jovens brasileiros, que não concluíram a educação básica, abandonaram os estudos por falta de interesse. Tais dados demonstram que há a necessidade de uma remodelação no estilo educacional brasileiro, sendo ele mais flexível às novas tecnologias para poder adequar-se a geração atual, fazer com que o aluno sinta-se atraído pela riqueza de conhecimentos, benefícios das plataformas digitais. No entanto, tornar a sala de aula um ambiente mais dinâmico e menos anacrônico é um desafio, o qual vem sendo aos poucos superado pela comunidade escolar.      A princípio, percebe-se uma grande parte dos professores migrando para "ensino hibrido", utilizando ferramentas tanto físicas quanto digitais em suas aulas. Fato esse que tem gerado discussões em todo âmbito educacional. O que realmente é o "ensino híbrido"?. Em grande parte das escolas a tecnologia não tem sido aproveitada adequadamente, tendo apenas o papel de substituir os materiais tradicionais, porém as ações pedagógicas continuam direcionadas a gerações de séculos passados. O ensino precisa acompanhar a realidade dos jovens, o professor deve ser um mediador entre a tecnologia e o aluno, ajuda-lo a desenvolver a criatividade, a ser ativo. O aluno necessita de um estimulo para se interessar pelo ato de aprender. As plataformas digitais não podem apenas ser uma substituição, mas sim ferramentas diferenciadas e dinâmicas.      Ademais, a pesquisa da TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação na Educação) de 2016, realizada pelo Centro Regional do Desenvolvimento Social de Comunicação e Informação, concluiu que 91% das escolas públicas do Brasil tem uma rede sem fio, no entanto 95 % dos alunos afirmam não ter permissão para o uso do wi-fi. Sendo assim, é notório um grande receio por parte dos gestores de inserir novas formas de buscar conhecimento, para os alunos, por temerem distração, trazendo um contraste enorme com essa reforma sociocultural em que os adolescentes vivem diariamente conectados.     Dessa forma, é de suma importância que o Ministério da Educação junto com os gestores das escolas realizem uma reformulação pedagógica e curricular em que os matérias didáticos digitais tornem-se algo natural nas salas de aula tanto quanto os já utilizados. Para isso, é necessário a implementação de disciplinas que objetivam educar os alunos a navegar de forma mais segura e incentivá-los a usar tais recursos para o aproveitamento escolar. Assim como a capacitação de professores para fazer o melhor uso dos mesmos, tendo eles como um auxílio no desenvolvimento do protagonismo estudantil.