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Enviada em: 19/07/2019

O fim do século XVIII e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa e é durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem.No entanto,na conjuntura contemporânea,nota-se o aumento do consumo de álcool na sociedade brasileira,na qual acarreta prejuízos individuais e coletivos.Nesse contexto,deve-se analisar como a cultura do álcool e a negligência governamental impulsionam tal problemática.     Em primeiro lugar,é válido salientar que o álcool está intrinsecamente ligado à lógica capitalista.Isso porque,segundo os filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer a indústria cultural utiliza dos meios de comunicações de massas para disseminar padrões de consumo que geram uma falsa sensação de felicidade e prazer,corroborando com o ciclo vicioso do consumo.Sob esse viés,a glamourização  de bebidas alcoólicas na mídia faz com que grupos vulneráveis sejam atingidos e influenciados a consumirem álcool.Apesar disso,a ingestão de bebidas se tornou uma válvula de escape do trabalho e da pressão exercida pela sociedade.Desse modo,o abuso de álcool geram indivíduos dependentes e suscetíveis a desenvolverem problemas de saúde.    Outrossim,vale ressaltar como a falta de políticas públicas efetivas corrobora para a manutenção da dependência do álcool na sociedade.Diante disso,o Estado não cumpre o seu papel de garantir que os cidadãos gozem do bem-estar social,visto que se torna omisso diante da cultura dos abusos de drogas lícitas como álcool.Assim,uma  vez que o governo não atua de maneira preventiva em evitar que os indivíduos tornam-se dependentes ele compactua com o aumento da demanda em saúde pública e,consequentemente,o aumento dos gastos públicos em tratamentos para alcoólatras.Dessa forma,o alcoolismo contribui com o aumento da violência e acidentes de trânsito.  Infere-se,portanto,que é imprescindível medidas para minimizar o consumo excessivo de álcool na sociedade.Logo,cabe ao Ministério da Educação - órgão do Estado responsável pela formação civil -desenvolver projetos e oficinas educativas em aulas de Sociologia que visem a orientação dos docentes sobre os riscos da ingestão precoce do álcool,por meio de policiais civis e profissionais da saúde,a fim de que os indivíduos ajam corretamente  segundo as próprias necessidades e escolhas.Ademais,o Ministério da Saúde,em parceria com as mídias de grande alcance,deve difundir campanhas midiáticas  para atingir todas as camadas sociais alertando sobre os riscos à saúde individual e coletiva do uso excessivo de bebidas alcoólicas,com vistas a reduzir o número de indivíduos que buscam a sistema de saúde pública por complicações de ingestão de álcool.