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Enviada em: 19/07/2019

Equilíbrio Jung-Aristotélico     Carl Jung, pai da psicologia analista, por meio de seus estudos evidencia que toda forma de vício é ruim. O abuso do álcool, assim, entra nessa perspectiva. O excessivo consumo alcoólico hodiernamente no Brasil é uma objeção que precisa ser debatida. Seja pela falta de uma educação prévia, seja por motivos secundários, esse vício traz malefícios não só para o seu consumidor, mas também para os indivíduos que o circundam.      Preliminarmente, é imprescindível destacar que o álcool em excesso afeta a individualidade de quem o consome. Aristóteles, em sua filosofia, apresenta a justa-medida como um meio para ser feliz. Esse pensamento de um equilíbrio corrobora, similarmente, com o dito de Jung. Quem depende do álcool, porém, dista dessa ideia de uma felicidade baseada em equilibrar as próprias ações. Os efeitos desse desequilíbrio ficam evidentes: muitos viciados apresentam sinais depressivos, problemas de saúde, além de outras vulnerabilidades - que podem afetar, inclusive, outras vidas quando combinado o duo de bebida alcoólica e trânsito,  por exemplo. Evidencia-se, pois, que essa objeção é de cunho social e que é preciso alertar as pessoas acerca dessa realidade.         Outrossim, a apatia educacional impulsiona os abusos dessa substância. As famílias e as escolas, como bases institucionais precisam instruir, sobretudo os mais jovens, sobre essa questão. A falta de um alicerce reitera o problema, haja vista que sem devidos alertas e debates acerca dos efeitos do álcool, as pessoas tornam-se mais vulneráveis em seu uso. Afinal, sendo o indivíduo uma 'tábula rasa', segundo John Locke, ter experiências e conhecimentos antecedentes - principalmente passados por outras pessoas, é o que ajuda na desenvoltura como um cidadão responsável. Desse modo, falar sobre o alcoolismo e suas consequências é, então, uma medida preventiva e necessária.      Portanto, diante do exposto, é preciso combinar um equilíbrio Jung-Aristotélico que seja capaz de atenuar os problemas relacionados ao abuso do álcool. As escolas, como uma das primeiras instituições de um cidadão, devem atuar como conscientizadoras da situação. Para isso, o Ministério da Educação - por meio de verba pública - deve acrescentar, nas grades curriculares, debates semanais acerca do alcoolismo e outros vícios, de forma dinâmica e integradora. Somado a isso, as escolas devem estar abertas para recepcionar as famílias que lidam com essa objeção, com a ajuda de professores e profissionais preparados para lidar com a questão. O objetivo deve ser o de educar previamente os jovens a respeito dos vícios e seus efeitos, ensinando-os caminhos para a obtenção de um equilíbrio saudável não apenas com bebidas alcoólicas, mas em tantos outros aspectos vitais.