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Enviada em: 20/07/2019

O consumo de bebidas alcóolicas é uma das grandes problemáticas relacionadas, principalmente, à saúde coletiva no mundo moderno. Dessa forma, no Brasil, o uso crescente e negligente de álcool acarreta consequências severas no âmbito social. Por isso, o combate ao abuso dessa droga se faz necessário devido ao ônus para o Estado, devido aos gastos com seguridade social e com internações hospitalares, e para a sociedade, especialmente as famílias dos indivíduos alcóolatras que sofrem diretamente com o vício de seus entes queridos.     Em princípio, sabe-se que grandes avanços na legislação brasileira vêm combatendo o abuso do álcool, como por exemplo a Lei Seca que reduziu em 14% as mortes por embriaguez no volante nos últimos 10 anos, segundo dados do Ministério da saúde em 2018. Contudo, o número de internações hospitalares decorrentes de acidentes por motoristas bêbados continua aumentando, somando cerca de 180 mil atendimentos por ano somente no Rio de Janeiro. Nesse contexto, o custeio com tratamentos médicos e com benefícios trabalhistas é alto, fazendo com que esse indivíduo se torne improdutivo, afetando o quadro geral de contribuição governamental e, consequentemente, o restante da sociedade no acesso aos mesmos direitos.     Ademais, um outro problema relacionado ao etilismo descontrolado está na degeneração das relações sociais do indivíduo dependente que, muitas vezes, não consegue se reabilitar frente as condições que lhe são ofertadas. Nesse âmbito, a assistência prestada para esses, sobretudo os de condição social mais precária, se dá basicamente mediante acompanhamento dos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), onde recebem terapias específicas e assistências clínicas. No entanto, faltam maiores incentivos governamentais nesses centros, gerando uma eficiência incompleta do processo de reabilitação e uma ampliação das condições de vulnerabilidade, de exclusão e de marginalização dos envolvidos, cuja família é uma das principais afetadas.     O abuso de álcool, portanto, causa uma série de malefícios no tocante as despesas públicas e as interações pessoais no Brasil. Assim, o Estado deve ampliar suas campanhas preventivas rotineiras de consumo ao álcool, por meio de uma parceria entre escolas, empresas e setor público, relacionando atendimento de serviços sociais às práticas educativas nas localidades com índices de problemas relativos ao tema elevados, a fim de diminuir as consequências do seu abuso. Além disso, os governos devem dispor mais investimentos aos centros especializados para alcóolatras, no intuito de aumentar a chance de cura do viciado. Destarte, futuramente, a sociedade brasileira sofrerá menos com os problemas ocasionados pela ingestão descontrolada de álcool.