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Enviada em: 21/07/2019

Segundo plataformas de streaming, como o Spotify, o gênero sertanejo universitário lidera os rankings brasileiros, configurando-se assim, um gênero musical conhecido entre a população. Contudo, esse estilo musical frequentemente faz apologia ao uso de álcool de maneira abusiva. O abuso de álcool é uma condição geral para qualquer nível de risco, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete até 40% da população mundial. Sendo assim, o abuso de álcool na sociedade brasileira é um problema de saúde pública uma vez que causa danos à saúde dos brasileiros além de enfraquecer a instituição de socialização primária: a família.    Em primeiro lugar, sabe-se que o álcool é prejudicial a saúde, uma vez que libera toxinas ao organismo humano. O álcool é metabolizado no fígado a partir de uma série de reações químicas, e como produto, libera aldeído na circulação, uma substância tóxica. Doenças no fígado são capazes de causar úlceras, sangramento, deficiência de vitaminas, e assim desnutrição, hepatite e cirrose. Não obstante, o álcool causa danos além dos fisiológicos ao trato gastrointestinal, podendo também levar ao envelhecimento precoce, infertilidade, perda de memória além de tornar o indivíduo mais propenso à agressividade, irritação e violência. Assim, apesar de aceito pela sociedade, o álcool oferece riscos à saúde de o quem consome, e por essa razão o abuso de álcool é uma questão de saúde pública.    Contudo, o álcool não afeta apenas o indivíduo que o consome, mas também acomete as pessoas ao seu redor. Parte dos acidentes de trânsito, comportamentos antissociais, ruptura de relacionamentos e problemas no trabalho são provenientes do uso nocivo de álcool, assim como a violência doméstica. Segundo o instituto de pesquisa Datafolha, cerca mais de 4 milhões de mulheres foram agredidas em 2016, sendo 43% das agressões no próprio domicílio, podendo ser relacionado ao uso de drogas, como o álcool. Além da mulher ser violentada, a agressão também incluir os filhos, que terão tendencias à reproduzir na rua o que viu dentro de casa, ou seja, as crianças se tornarão violentas na escola e na rua, perpetuando o comportamento na vida adulta. Assim, o  excesso de álcool corrompe a família.    Torna-se claro que o abuso de álcool é nocivo à sociedade como um todo, e para combate-lo, o poder legislativo poderia propor uma lei que torne obrigatória as advertências nas bebidas alcoólicas, assim como como nas embalagens cigarros, para que os usuários conheçam os efeitos negativos que o álcool pode proporcionar, a fim de causar reflexão sobre o uso na população. O Ministério da Educação também poderia criar um programa de prevenção do uso e abuso de álcool para adolescentes por meio de dinâmicas de grupo em sala de aula, buscando identificar riscos à saúde provocados pelo consumo do álcool, pois a escola é essencial para a formação de hábitos saudáveis dos seus alunos.