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Enviada em: 31/07/2019

Fenômeno relevante na sociedade brasileira atual, o consumo excessivo de álcool ganha o cenário nacional dado ao crescimento alarmante desse. Dados como os expostos pela OMS trazem que, o consumo de álcool no país aumentou cerca de 39,3% nos últimos 5 anos. No cenário em questão, a banalização do consumo aliada à busca pela fuga da realidade urgem como principais problemáticas, e exprimem a necessidade de redução do fenômeno.    Nesse contexto, o uso vulgarizado da bebida urge como um dos problemas principais do consumo em excesso. Isso ocorre de forma que, há a associação do consumo de bebida alcoólica com prazeres físicos e sociais, sobretudo, pela indústria midiática. Comerciais de bebidas alcoólicas, por exemplo, mostram o indivíduo consumindo a bebida e, tendo próximo dele amigos e mulheres em situações de comemorações, logo, tal encenação provoca o uso exacerbado do produto a fim de obter o mesmo resultado. Contextos como estes exigem soluções e, são representados pela teoria do hedonismo, desenvolvida pelo filósofo Aristipo, o qual mostra a busca pelo prazer excessivo independente das consequências.    Aliado a isso, há ainda o uso da bebida alcoólica como escapismo. Nesse quadro, uma vez que o álcool altera o humor, a percepção do individuo e transmite sensações de leveza e confiança, seu uso é pontuado, em sua maioria, como forma de transgressão da realidade. Tal situação é retratada desde o século XIX, no qual surgiu a corrente literária Ultrarromântica brasileira, essa, por sua vez, era caracterizada pela tendência em fugir da difícil realidade, usando, inclusive, o álcool como escapismo, situação retratada em massa pelo poeta brasileiro Álvares de Azevedo. Dessa forma, medidas que tenha como objetivo ressignificar o uso do álcool e sua função na sociedade são importantes.    Portanto, politicas públicas a fim de amenizar o fenômeno tem caráter emergencial. Para isso o governo deve garantir o controle do uso do álcool e garantir a saúde pública. Isso deve ocorrer por meio da restrição à publicidade das bebidas, sendo passível de multas aos comerciais que associarem o álcool a benefícios. Além disso, é necessária a desconstrução do álcool como válvula de escape, através de palestras educativas, em empresas e escolas, ministradas por profissionais da saúde, mostrando as graves consequências do uso excessivo do álcool para saúde, como vícios. Essas medidas têm como objetivo desconstruir a glamorização da bebida e do seu uso exagerado.