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Enviada em: 30/07/2019

Na novela "Bicho do Mato" a personagem Silvia viu sua carreira de modelo acabar por causa do vício em álcool além de, por  sua personalidade agressiva, ser acusada de um assassinato. Fora da ficção, é notório que ninguém está isento de ser atingido por esse mal, visto que o consumo de álcool cresce exponencialmente na sociedade brasileira ocasionando patologias, como problemas psicológicos, cirrose alcoólica e hepatite, e também problemas coletivos como violência doméstica e urbana. Nesse sentido, essa realidade constitui um problema a ser resolvido não somente pelos poderes públicos, mas também por toda a sociedade.         Em primeiro plano, é importante destacar as doenças desencadeadas pelo consumo exacerbado de álcool. Sob essa ótica, segundo dados do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) 40% dos casos de doenças hepáticas gordurosas (acúmulo de gordura no fígado)  evoluem para uma cirrose hepática que consiste em uma inflamação do órgão comprometendo seu funcionamento. Vale salientar que o álcool atua como depressor do sistema nervoso, ocasionando perda do raciocínio, equilíbrio da coordenação motora e até mesmo quadros mais graves de demência. Nessa perspectiva, é evidente o poder devastador das bebidas alcoólicas quando consumidas em excesso, necessitando de ações para o consumo moderado a fim de preservar a saúde dos indivíduos que a consomem.       Outrossim, vale ressaltar, ainda, que problemas sociais estão intimamente ligados ao abuso de álcool na sociedade brasileira. Nesse sentido, em um estudo envolvendo episódios de violência doméstica reportados pela polícia de Zurique (Suíça), evidências apontaram para o envolvimento de álcool em 40% das situações investigadas. Além disso, dez anos após a criação da Lei Seca, o Ministério da Saúde revela que as bebidas alcoólicas voltaram a ser consumidas e associadas à direção, sendo um dos principais causadores de acidentes no trânsito. Sob essa premissa, é evidente os inúmeros transtornos causados pelo álcool, uma vez que os danos não afetam só o indivíduo em si, mas também todos aqueles que o rodeiam, sendo de suma importância medidas para dissolução dessa conjuntura.        Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para tanto, é mister que o Ministério da Saúde em Parceria com o CISA , por meio de campanhas publicitárias, alerte sobre os riscos associados ao consumo exagerado de álcool, além de, promover tratamentos com profissionais da área da saúde - como médicos e psicólogos- proporcionando terapias de apoio aos alcoólatras, a fim de que esses indivíduos estejam conscientes dos malefícios causado por essa bebida. Assim, será possível minimizar os danos desse problema e ele fará parte apenas da ficção.