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Enviada em: 07/08/2019

O álcool é uma substância que possui pequena cadeia carbônica sendo, portanto, de fácil digestão por todos os tecidos corpóreos causando problemas de saúde em todos os órgãos. Além disso, libera o hormônio dopâmina que auxilia o consumidor viciar-se e possui relação com danos sociais. O seu uso na sociedade brasileira é abusiva, em decorrência da ineficácia na fiscalização, na falta de consciência popular gerada pela falsa ideia que não causa problemas e pela cultura brasileira.       O Brasil é o terceiro país na America que mais consome álcool. Em 2008 foi sancionada a Lei Seca que almejava mudar os hábitos da população. Entretanto, apenas esta medida pública não foi o suficiente para que os índices do consumo de álcool diminuíssem de forma significativa, pois o uso de altas doses e embriaguez é culturalmente estimulado na população, principalmente nos jovens, e há uma pressão social pelo consumo que na realidade é financiada pela indústria do álcool.        Além disso, a mesma indústria é lucrativa no produto interno bruto brasileiro. Isso faz com que a política relacionada ao álcool seja frouxa e como consequência há uma legalização sem fiscalização de qualidade, o que causa a falsa ideia que o álcool não gera problemas. Entretanto, estudos da Faculdade de Medicina da USP evidenciam que das mortes violentas ocorridas em 2014 e 2015, cinquenta e cinco por cento estavam relacionadas ao uso de álcool e que metade dos indivíduos que cometeram suicídios continham álcool no sangue, a Organização Mundial da Saúde, também, associou o consumo do álcool a violência doméstica e urbana, estrupo, conflitos com a lei e doenças como câncer.  Assim é indubitável que o álcool causa problemas sociais e físicos.       Entende-se, portanto, que a sociedade brasileira abusa no consumo de álcool, dificuldade causada pelo pensamento errôneo de que essa não causa problemas sociais e na saúde, pela péssima fiscalização e a sua aderência cultural pela população. Para minimizar as consequências é necessário que haja um debate no planalto sobre a adequalidade das festas "open bar", que possuem a ideologia de beber o máximo possível, a fim de impedir a promulgação do uso álcool sem discernimento. O Sistema Estadual de Vigilância Sanitária (Sevisa) pode instaurar um projeto de pontos que são revertidos a abate nos impostos aos locais que não possuem casos e denúncias de venda de álcool á menores de 18 anos, a fim de incentivar a fiscalização autônoma dos cidadãos, além de que a Sevisa teria mais dados sobre as regiões mais incidentes da infração, para uma fiscalização mais precisa. O Governo Federal deve cobrar das empresas que vendem álcool, em suas propagandas, que mostrem os efeitos que o produto causa na sociedade e na saúde para alertar a população.